segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Vai entender

Hoje eu fui comprar meu presente de Natal super atrasado e percebi que sou dessas que sai comprando o presente de todo mundo e deixa o seu por último, uma coisa meio Poliana feelings. Vai entender.
Mas o caso é que entrei na loja com a intenção de comprar uma sandália bonita pra combinar com o vestido que ganhei da vovó, e o pensamento tava todo no saltão. Experimenta daqui, experimenta de lá, não gostei de nada e saí da loja com um oxford. Sim, o oposto absoluto de um salto bafo. De novo, vai entender.
E daí que a ceia de Natal foi super recheada, com todas aquelas opções que é impossível comer tudo em uma refeição só. Então obviamente sobrou de tudo um pouco e no outro dia eu resolvi, finalmente, dar uma chance ao tender com molho de mel, que só de olhar eu já soltei um "eca mãe". Afinal de contas, pra mim, misturar doce com salgado não é coisa de Deus, não. E não é que o negócio realmente funciona e o gosto é muito dos bons? Aleluia o agridoce deu certo. 
E como já deu pra perceber, esse é um post bem dos inúteis, só pra mostrar que ainda vivo. E pra desejar a todo mundo um 2011 massa e que acabe com todas as memórias ruins de 2010, um ano com passagens super esquecíveis. Aproveitem bem o tempo livre e que tudo de bom aconteça pra gente no ano que vem!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A profissão do futuro

"-É época de vestibular e todo programa tem uma matéria sobre as melhores profissões e o que buscar no futuro. O engraçado disso é que nunca citam o Jornalismo como uma 'profissão do futuro'; parece até que já acabou e o que nos espera não é nada satisfatório."

Tô no final do segundo ano de Jornalismo e já tive minhas crises. Em uma delas, ainda esse ano, cheguei a avisar todos os meus amigos que ia embora e fui pra casa chorando dizendo para os meus pais que queria largar tudo e prestar vestibular - sabe lá pra quê. Precisei de uma boa conversa e de uns dias de calma pra respirar fundo e conseguir me lembrar de tudo que me fez chegar até aqui, e do quão difícil foi.
Ser jornalista não é brincadeira, e olha que eu nem sou ainda. Em dois anos já ouvi muito desaforo, telefone batendo na minha cara e risadinhas de "ah, mas nem diploma você vai ter". As ofensas já vieram até dos meus amigos mais próximos, sempre naquele tom de brincadeira com um fundinho de verdade. Já fiz matérias sobre assuntos que eu odiava e não entendia a mínima, já levei bolo em transmissão ao vivo e já tive que virar uma reportagem de três minutos com entrevistado que só respondia "ahan". Tudo isso pelo bem maior.
Acontece que esse bem maior é complicado, e essa rotina entre tapas e beijos com o Jornalismo cansa. Chega uma hora que você tem que parar, se olhar no espelho e decidir, de uma vez por todas, se é isso ou não. E se não for, meu amigo, corre enquanto ainda dá tempo. Só que pra quem continua, a história guarda algumas das melhores experiências da sua vida.
Meus momentos bons aqui são bem maiores do que os ruins. Aquela coisa de chegar em casa super cansada mas sabendo que colocou um programa lindo no ar (mesmo que, no nosso caso, poucas pessoas tenham ouvido). Saber que meros trabalhos de faculdade tem uma importância maior ao ouvir de alguém na rua um "muito obrigada" ou um "nossa, a gente tava precisando mesmo que falassem sobre isso". Ou ainda aquela coisa de receber um elogio inusitado de alguém que leu um texto seu, como já aconteceu na época do Tudo de Blog. Sem contar o prazer da curiosidade saciada ao saber de tudo com antecedência. Pequenas coisas que não fariam diferença na vida de muita gente, mas que pra você valeu a pena.
Eu sei que vai ser difícil - e muito. Mas o meu negativismo já ficou pra trás, junto com as lágrimas e as tardes procurando algum curso que me faria mais feliz. Eu sei que morrer de fome eu não vou, e muito menos perder Natal pra ficar em redação. Posso até não ter uma rotina como família de comercial de margarina, mas isso quem vai decidir sou eu baseada nas escolhas que eu fizer. O caminho tá aí, tô começando agora e não tem motivo nenhum pra eu começar a choramingar por antecedência. No final das contas, ser jornalista pode até não ser uma profissão adequada para o futuro de muita gente, mas pra mim é.

domingo, 7 de novembro de 2010

And love has a funny way...


De todos os sentimentos possíveis no mundo, o mais chamativo é o amor. E não só pelos motivos de sempre, mas sim pela dimensão e pelas diversas formas em que podemos encontrá-lo. É incrível como ele resume praticamente tudo, desde aquele foguinho da paixão até as atitudes bobas do dia-a-dia.
É muito difícil amar alguém. Acreditar, dividir, desejar, aceitar. É preciso se amar muito para conseguir se abrir a outra pessoa e deixá-la entrar, aos pouquinhos, na nossa própria imensidão. E esse amor próprio também não vem do nada, mas sim depois de muito tempo tentando encontrar o nosso ponto de partida. Para amar alguém é preciso estar pronto para errar e admitir, torcer e perder, cair e levantar. E, o mais importante de tudo, para amar alguém de verdade você deve estar preparado para não ser correspondido à altura.
Mas o amor nem sempre existe nesse sentido, ao contrário. Na maioria das vezes ele vive nos pequeninos e irrelevantes lugares. Ele está nos almoços de família aos domingos, nas conversas psicológicas com os amigos e na voz aguçada cantando sua música preferida. Somos capazes de amar pessoas que não conhecemos, ideias que não existem e até mesmo coisas sem nenhum valor material. O amor cego e imbatível pelo time de futebol anda de mãos dadas com o amor pelo animal de estimação, assim como jogamos nossos melhores sentimentos no primeiro pedaço de bolo de chocolate quentinho naquele sábado nublado.
Ao mesmo tempo em que é complicado e cheio de pesares, o amor transforma o amargo em doce e faz com que alguns minutos sejam o bastante para o orgulho dar lugar a um pedido de desculpas. É ele que dá força nos momentos de perda e que nos levanta enquanto choramos pelo inacreditável, sempre nos puxando de volta para nossas pessoas. E é aí que vive o mais importante legado do amor: a capacidade de sempre estar presente, seja no bom ou no ruim, esperando de braços abertos.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Não façam isso comigo


A meu ver, as celebridades deveriam ter uma noção maior sobre o efeito que têm sobre as pessoas. Sabe, existe uma coisa chamada responsabilidade jurídica e ela anda sendo esquecida. Afinal de contas, não é justo que em pleno feriado eu abra a página da UOL e dê de cara com uma notícia tão ultrajante quanto "Courteney Cox e David Arquette anunciam separação". Sem contar que no mesmo dia, com uma simples diferença de horas, meus caros, vem a bomba de que Christina Aguilera e Jordan Bratman também são um ex-casal.
Sério, desse jeito não tem como eu ser feliz, não.

Já passei por isso com Brad e Jen, meu coração não aguenta mais uma vez

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Bença, vô


É vô, hoje faz uma semana que o senhor se foi. Tudo ficou vazio de repente, a casa ficou silenciosa e as lembranças começaram a pipocar. E eu aqui, vendo tudo de longe.
Ainda bem que tive tempo pra chegar né, vô. Pra te ver mais uma vez, aparentando a saúde e a garra que sempre teve, mas que esses últimos meses tiraram do senhor. Aquela boca torta, os braços gordinhos e toda a estrutura de um homem que viveu 71 anos apoiado na própria força. Tava tudo lá, meio que dizendo tchau.
É difícil, vô. Sei que já não dava mais e que viver deitado em uma cama sem nem poder comer era a última coisa que o senhor queria - imagina só, o senhor ficar sem comer! Mas mesmo tendo toda essa noção ainda não me acostumei (e acho que nunca vou) com a ideia de que não vou mais te ver sentado na varanda esperando a gente chegar. É complicado pensar que não vou mais sentir as suas mãos grossas fazendo massagem nos meus pés enquanto eu deito no sofá pra ver televisão, ou pior, não vai mais ter ninguém fazendo aquelas perguntas chatas sobre o Corinthians pro papai.
E o almoço de domingo então? Quem é que vai fazer um prato gigante só com coisas que não pode comer e encher um copo de refrigerante sabendo que não era diet? É vô, a teimosia e os resmungos vão fazer falta, acredite se quiser. Até mesmo as engasgadas com a boca cheia de farofa ficarão como uma boa memória de todos aqueles bons domingos.
Tento não ficar pensando nesses "nunca mais", sabe vô. Sei que o senhor ficaria mal em me ver assim. Por isso de todas as lembranças, escolhi uma que é só minha: aquele aniversário do Renan, que enquanto ele ganhava todos os presentes e eu ficava no canto só olhando, o senhor foi até a lojinha da esquina e comprou a praia da Barbie pra mim. E quando a vovó te deu uma bronca, falando que nem era meu aniversário, o senhor virou e disse que aquilo não era certo: "se um ganha, o outro ganha também, uai!". A primeira bicicleta, as bonecas que mais queria, as tardes mais gostosas naquele quintal cheio de árvores e comendo bolo quentinho. Só tive tudo isso por causa do senhor e da vovó.
Vô, o senhor pode ter certeza que eu vou sempre lembrar de tudo. Das histórias da época de policial, dos passeios de carro, das perguntas completamente sem sentido. Aquela mania de tratar a mim e ao Renan como se ainda tivéssemos 5 anos vai ficar sempre comigo, e sua imagem vai vir a minha mente todas as vezes que alguém vier fazendo uma piadinha sem graça. Espero que o senhor descanse como merece, e pode ficar tranquilo que a vovó vai ser muito bem cuidada aqui, por todos nós.
Bença vô. Me abençoa daí de cima.

domingo, 19 de setembro de 2010

Wake me up when september ends


Quando me perguntam porque eu quero tanto que o mês acabe logo, tá aí minha resposta:

...

Mudando um pouco o assunto e recuperando o fôlego, eu e umas amigas agora damos umas dicas pra quem quer entrar na moda sem gastar todo o dinheiro que não tem. Confiram o blog e se liguem que logo logo tem promoção - Estilo for Sale!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Um time, um centenário, milhões de vidas


Eu vou falar do Corinthians e quem torce contra ou não gosta de futebol nem perca seu tempo comentando e falando mal. Não vai mudar nada aqui.

Sou filha e neta de corintianos. Com poucos anos de vida, meu pai já colocava um gorrinho preto e branco na minha cabeça e tirava foto daquela coisinha gorda torcedora do Timão. Cresci cantando o hino, gritando nome de jogador famoso e sabendo que não adiantava falar nada com meu pai durante aquelas 2 horas de jogo no domingo - ele simplesmente não ia me escutar.
Muitos falam que time de futebol a gente pega da família, e eu não nego isso - e só tenho a agradecer à minha pela escolha perfeita. Hoje eu sinto que nasci assim, que não tinha outro jeito. Tudo em mim deixa explícito que sou corintiana: o fervor, a paixão, a irracionalidade. A mania de roer as unhas durante um jogo complicado, fechar os olhos numa cobrança de pênalti ou o abraço apertado na almofada na hora do nervosismo.
Já chorei sim, e foram muitas vezes. Aquele choro quietinho na van, voltando pra casa do vestibular, naquele fatídico dois de dezembro. Ou então aquele choro com soluço enquanto via o time cair na Libertadores mais uma vez. Sempre foi difícil, com todo aquele sofrimento digno do Corinthians, mas nunca deu vontade de desistir. Prefiro ficar na segundona pra sempre com o a mudar de time e disputar um Mundial.
Ao mesmo tempo já tive muitos momentos de alegria, muito maiores que os de choro. As comemorações por títulos envolta em bandeiras de pessoas que eu nem conhecia, os gritos de gol, os abraços apertados na hora da vitória. O que acontece dentro de campo chega com a mesma intensidade pra gente aqui, do outro lado da TV, e a felicidade é a mesma - ou até maior.
Não tem como negar a importância de um time que atrai 30 milhões de pessoas, ou falar que é só mais uma torcida de futebol. Nós estamos sempre lá, na vitória ou na derrota, na chuva ou no sol, no dia ou na noite. Não tem hora certa pra ser corintiano: nós o somos 24 horas por dia. E pra mim, essa é a maior diferença em comparação aos outros. Nós vestimos a camisa e apoiamos aquele escudo em todos os momentos, principalmente nos tristes. Não tem jogo ruim, jogador perna-de-pau ou dirigente ladrão que consiga mudar isso.
Hoje comemoramos 100 anos e quem merece festa somos nós mesmos. Os que empurram, os que torcem, os que choram, os que amam. Porque não existe amor maior do que o incondicional, e é esse que vive dentro de cada fiel. Somos muitos, somos heterogêneos, somos pedreiros e doutores, brancos e pretos, homens e mulheres. Somos tudo que o Brasil é e estamos em todos os lugares, e por isso somos tão invejados. Podemos até não ter um ou outro título ou um estádio com nosso próprio nome (por enquanto), mas temos muito, muito mais. Uma pena que os outros nunca chegarão a sentir nem 10% disso.
Parabéns, vida, história e amor. Você merece mil festas com mil fogos e mil pessoas. E é por isso e muito mais que eu falo com o maior orgulho do mundo que sou Timão. Que sou uma louca. Que sou fiel. Que sou mais uma na multidão. Que sou Corinthians.

domingo, 15 de agosto de 2010

A única menina


Essa semana fui ao cinema ver "A Origem". Como a sessão começava mais tarde, aproveitei e vi "Os Mercenários" antes, senão teria ficar enrolando pelo shopping durante duas horas (o que não é tão legal assim quando você está sem dinheiro). Peguei minha pipoca e fui toda feliz entrando na sala, quando me deparei com uma triste realidade: eu era a única menina na sala.
Não sou acostumada a ir ao cinema sozinha, mas mesmo assim nunca tinha visto isso antes. Mesmo em filmes mais chatinhos, sempre tinha alguma representante do sexo feminino na sala, mas dessa vez eu era o bendito fruto entre os homens. Por todos os lados eu via grupinhos de adolescentes, caras em seu horário de almoço e os típicos ratos de cinema. Muito preto, azul e verde, mas nada de rosa.
Sentei, dei uma mãozada no balde de pipoca e comecei a viajar antes mesmo do filme começar. God, eu tinha tudo pra ter um puta distúrbio de personalidade. Acho que isso só não aconteceu porque conservei meu lado mulherzinha. Sempre brinquei na rua com meus irmãos e os vizinhos, mas também tinha toda a casa da Barbie. Era a única menina na turma de natação, mas sempre mantive o biquini intacto. Comentava sobre os jogos de futebol com os meninos da sala e ficava puta quando falavam mal do Timão, mas minha camiseta do Corinthians era baby look.
E bom, deu certo pra mim, né? Nem fresquinha e nem macho man, o equilíbrio veio e tá presente em tudo, e eu vivo muito bem, obrigada. Ainda dou uns arrotos depois da Coca, mas saibam que eu sempre coloco a mão na boca, viu.

Go, Shiloh!

PS: Adorei "Os Mercenários"! Sly dando porrada fez meu dia bem melhor.

sábado, 7 de agosto de 2010

we all got a song that we're meant to sing


A menina que sempre soube o caminho a ser seguido está confusa. Aquela certeza tão incontestável, pela qual ela foi capaz de lutar e enfrentar tudo e todos hoje não parece mais certa, mas sim extremamente vazia. E agora? Correr? Parar? Manter?
Não existe uma resposta, não existe um caminho concreto. Nesse momento só existem dúvidas, possibilidades e alternativas. Todas ali, esperando pela menina que hoje se sente sozinha no meio de uma multidão de sorrisos e empolgação que não mais lhe atraem. E ao mesmo tempo em que todas essas opções parecem muito atraentes a primeira vista, logo elas se mostram difíceis, questionáveis e incorretas. E é assim que ela volta à estaca zero.
Mas vai passar, ela vai achar o caminho certo. Só que dessa vez, não tem migalha de pão nem setas coloridas indicando a entrada, ao contrário. Dessa vez existirão espinhos e galhos ainda maiores, todos seguidos de mil olhares cheios de reprovação. Mas tudo bem, porque dessa vez a trilha sonora estará tocando a sua música.

In the end I answer to one God, who comes down to one love, till' I get to heaven above

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Pais do século XXI






Porque ser pai hoje em dia é assim: ou filma pelas coisas inteligentes e bonitinhas ou acaba com a moral da criança por um bom tempo devido às idiotices. E é assim que eu vou ser.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

10 coisas que eu mudaria em Crepúsculo


1) A Bella seria mais carismática e menos retardada;

2) Forks seria um lugar mais agitadinho, com reais motivos pra alguém querer morar lá;

3) O Emmet andaria por aí sem camisa como os lobos;

4) Jasper cortaria o cabelo;

5) Todo o papinho de "ó vida triste de vampiro" acabaria a partir do momento em que a conta bancária dos Cullen aparecesse;

6) Jacob começaria a pegar uma indiazinha só pra passar ciúme na Bella, dando um novo (e mais emocionante) foco na trama;

7) Brilhar no sol? Sério? Faria muito mais sentido se eles começassem a derreter;

8) Edward teria partido pra ignorância no momento em que Jacob apareceu;

9) Salto alto, maquiagem e roupas na moda. Aí sim faria sentido alguém gostar da Bella;

10) Casamento e virgindade? Aham, Cláudia.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Tubarões gays


Todos que assistem Glee sabem que a verdadeira diva do seriado não é a Rachel, a Mercedes ou o Kurt, mas sim a Brittany. Sagaz e de uma inteligência ímpar, ela nos presenteia com novos ensinamentos a cada episódio. Dentre tantos momentos únicos e dignos de uma filósofa, veio o esclarecimento para uma das grandes dúvidas da humanidade: o que são golfinhos.

Golfinhos são apenas tubarões gays

Como uma frase dessas não pode passar em branco, Brittany já fez escola e mil produtos com a célebre frase já foram criados:


Fica a dica pra quem quiser estampar orgulhosamente um dos maiores bordões do início do século 21 (ou me dar a camiseta de presente).

sábado, 10 de julho de 2010

Aquele da profecia


Aí que meu pai trabalha em um Cartório de Registro Civil desde que tinha 16 anos e já viu e ouviu de tudo um pouco. Desde o cara que queria registrar a filha de Sara Jane Connor, em uma homenagem explícita - e ridícula - a Sara Connor (Exterminador do Futuro) e a Jane (a do Tarzan, meus amigos), até a mulher que desistiu de se casar meia hora antes do horário marcado, deixando o noivo e a família inteira plantados na porta do cartório.
Mas de todas as coisas legais que já aconteceram, a melhor foi esse ano. Em uma bela tarde, um cidadão aparece, chama meu pai e, na maior naturalidade, solta a pérola: "Oi, eu gostaria de registrar uma profecia". Nisso, meu pai com sua expressão de WTF? pede uma explicação e o amigo complementa: "Então, eu bolei uma profecia baseada em uma visão que tive, e queria deixar isso registrado". Erro do meu pai? Encaminhar o "profeta" a outro cartório sem nem ao menos descobrir qual era a grande descoberta, porque né? Vai que o novo Nostradamus é de Barretos e a gente aqui marcando...

Adiantado?

* Momento Merchan Neves: Tá a toa na lagoa? Ouça o melhor radiojornal feito por universitários no Brasil, há! Ao ouvir o Expresso Londrina além de ficar informado você ouve a minha bela voz, portanto é uma win-win situation.

sábado, 3 de julho de 2010

Dicas de estilo por Vandinha Addams


Pagar de alternativo é fácil, difícil é colocar maiô preto perto dazamiga de laranja

Ar blasé, trancinhas for life e o pretinho ganha discretas estampas floridas

Sobriedade é pros fracos e Pedra Granada é o esmalte da vez

Ser vegan é tããão last week

Dá um jeitinho e bring the sexy back

Dica final: mantenha sempre o sorriso colgate

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Da série analogias que mudam a sua vida


Pirâmides, quadrados e pizzas. É nisso que se resume a comunicação.

"A sociedade como um todo, incluindo a comunicação, é como uma grande pizza de calabresa estragada."

terça-feira, 22 de junho de 2010

Eterno enquanto durou


Lendo esse post do Doces Rodopios eu comecei a pensar sobre os casais da ficção que eu mais gosto e percebi que muitos deles acabaram não ficando juntos no final da história, por seja lá qual motivo (o que acaba sendo bem desmotivador). Pensando nisso, resolvi fazer uma lista dos términos mais inacreditáveis que Hollywood e a minha TV já viram, e acho que isso não me fez muito bem não. Afinal de contas, acabei de ligar pro Thiago perguntando se algum dia ele vai terminar comigo do nada, se casar com uma amiga minha ou sei lá, morrer. Bom, segue a lista.

1) Carrie e Aidan, Sex & The City


Eu sei que todo mundo sempre se lembra do Mr. Big quando o assunto é Carrie + amor, mas eu sempre tive uma quedinha por esse casal. Ele era perfeito, reformou o apartamento dela, perdoou uma traição, terminou e voltou de braços abertos, tinha um cachorro lindo e, ao contrário do Mr. Big, não tinha medo de comprometimento e a pediu em casamento, com anel e tudo mais. Ainda hoje, quando assisto a cena em que ela dispensa ele de vez, eu fico com muita pena e gritando "por que, Deus, por quê?".

2) Julianne e Michael, O Casamento do meu Melhor Amigo


Michael e Jules eram melhores amigos. Michael amou Jules por nove anos, mas ela nunca foi do tipo romântica e não acreditava no amor. Michael se cansou, conheceu Kimmy, se apaixonou e decidiu se casar. E Jules, coitada, percebeu que sempre amou o melhor amigo e que iria perdê-lo pra sempre, e é aí que começa a missão sabotagem do casamento. Esse é um dos meus filmes favoritos de todos os tempos, e sempre me coloco no lugar da Julia Roberts, porque eu sei que se fosse comigo eu faria o mesmo (e muito pior). E é por isso que, na minha versão do filme, seis meses depois ele e a Kimmy se divorciam e eles finalmente ficam juntos, com direito a um casamento mais bonito e três filhos, beijos.

3) Holly e Gerry, PS: Eu Te Amo


Vai, admite. Você chorou vendo esse filme, né? Relaxa, estranho seria se você não tivesse derrubado nenhuma lagrimazinha, já que o filme foi feito pra isso, com certeza. Afinal de contas, em que realidade alternativa existe um homem como o Gerry? Irlandês, bonitão, romântico, todo trabalhado na figura (perfeita) de Gerard Butler. Aí quando você tá lá, toda apaixonada e com raiva da Holly, o cara morre! A puta falta de sacanagem continua, e se não bastasse ele ter sido tuuuudo isso em vida, ele ainda cuida dela depois de morto, através de cartas escritas antes de morrer. E no final, a sortuda ainda encontra outro irlandês lindo! Além de ter se tornado um dos meus casais preferidos, os dois fizeram com que eu me perguntasse o que tem na água desse país. E pra quem duvida, assista "Leap Year" e tenham mais uma prova de que o lugar certo pra se viver é a Irlanda.

4) Summer e Tom, 500 Dias com Ela


Admito que o fato deles não terminarem juntos fez eu gostar menos do filme, porque é uma daquelas coisas que você não consegue acreditar. Não me entra na cabeça como ela, uma tontinha que não queria um relacionamento sério, acaba se envolvendo com ele, um tontinho sem perspectivas. Depois disso, o casal mais improvável acaba se tornando a coisinha mais linda mimimigutiguti (o maior cover de Seth e Summer na história do cinema), até o dia em que a tontinha decide que não quer mais. Tudo pra depois de pouquíssimo tempo ela, tcharam, SE CASAR COM OUTRO! Sabe como a gente chama menina assim lá em Barretos? Vadiazinha. Sério, não sei porque coloquei eles aqui porque eu peguei raiva da Summer, puta vadia.

5) Sam e Molly, Ghost


Nem vou comentar porque uma imagem vale mais que mil palavras.

domingo, 20 de junho de 2010

Esse não é um post depressivo


Eu poderia falar sobre o fato do meu namorado ter ido embora há uma hora, depois de passar um final de semana comigo.

Eu poderia falar sobre o meu cansaço mental e físico, e do fato de ter sido diagnosticada com dois problemas de saúde em duas semanas.

Eu poderia falar sobre o meu esforço em tentar fazer tudo certo e adiantado, e mesmo assim ver as coisas tomando outros caminhos em cima da hora.

Eu poderia falar sobre a saudade que eu sinto da minha casa, da minha família, dos meus amigos, dos meus cachorros e da minha gata.

Eu poderia falar sobre o quão injusto é ter que passar apenas um final de semana por mês ao lado da pessoa que eu amo enquanto tenho que aguentar gente que não gosto todos os dias.

Eu poderia falar sobre a minha maldita faculdade que ainda tem três semanas de aula antes das férias.

Eu poderia falar sobre o meu mouse ter quebrado sendo que eu tenho um trabalho de diagramação pra ser feito em duas semanas e me complico toda mexendo no Indesign pelo teclado.

Eu poderia falar sobre mais umas mil coisas que andam incomodando e me deixando cada vez mais longe da Mônica que todo mundo conhece, e aceitar ser chamada de ingrata, chorona e fraca.

Eu poderia falar sobre tudo isso, mas não. Prefiro ficar aqui, engolindo de tudo um pouco, acreditando que uma hora vai passar e que todo mundo tem problemas. Enquanto isso, a Christina grita e o @Popolin me ouve, sempre tentando ajudar.

E pronto. Taí um post não-depressivo fail.

"I'm tired of walking on eggshells so terrified to fail"

sábado, 22 de maio de 2010

É você, só você.

Eu sinto saudade, muita saudade. Nas horas tristes, na horas felizes, antes de dormir e na hora de acordar. Saudade do seu sorriso com covinhas, da sua mão quentinha e da sua barba por fazer. Saudade de você falando que me ama e me abraçando apertado, até machucar.

Eu sei que não é do nosso feitio ficar gritando pro mundo o que a gente sente, mas hoje a noite a saudade tá maior. Tão maior que chega a doer, e a sua foto no criado-mudo só estampa o que eu já tô cansada de saber: é você, só você. Afinal de contas, por mais ninguém nesse mundo valeria a pena esperar tanto, ficar tão ansiosa, contar os minutos. Só por você.

E enquanto a saudade aperta, o tempo decide não passar. Vai devagarzinho, com um dia durando uma semana e uma semana, um mês. Vai ficando complicado e dá vontade de fazer uma loucura, pegar um ônibus e correr pro seu lado, nem que seja só pra passar uma tarde. Vontade de fazer o possível e o impossível, só pra ficar mais perto.

Mas uma hora o tempo vai passar. Vai chegar o momento certo e essa saudade vai dar lugar aos melhores abraços, os melhores carinhos, as melhores palavras. E mesmo que durante um bom tempo nossa vida seja repleta dessas variações, também sei que vai chegar o dia em que os instantes passarão a ser diários, e aí vai faltar tempo pra todo o resto do mundo, já que os segundos serão preenchidos por você, só você.


quinta-feira, 29 de abril de 2010

X=Y=Z=X=Y=Z

Odeio comparações. Sabe quando você esquece de fazer alguma coisa em casa e sua mãe começa a dar sermão, sempre citando a filha da vizinha que é a perfeição em pessoa, uma grande ajuda pra mãe e que você devia se espelhar nela (quando, na verdade, você sabe que a menina é uma dadeira usuária de drogas)? Então, começa aí meu ódio por essas coisas.

Pensa comigo: você vai no cinema ver um filme X e, ao sair da sala, sempre tem um mané falando que o filme é igualzinho ao filme Y. As vezes os filmes até tem uma coisinha a ver, mas vamos colocar as cartas na mesa aqui. Que filme de ação não tem sangue, tiros e morte? Que comédia romântica não tem um casal que passa por poucas e boas até descobrir que se ama? Que romance não tem uma mocinha sofredora que comeu o pão que o diabo amassou até encontrar o amor da sua vida? É tão normal que as coisas sigam um padrão, que se encaixem em alguma(s) categoria(s) e se pareçam com algo que a gente já viu antes. Até os maiores clássicos do cinema já passaram por isso, já que todo diretor/roteirista/pessoa-whatever-que-fez-o-filme teve uma inspiração externa pra pensar em tudo aquilo que ele colocou na obra. Estranho seria se, em um belo dia, chegasse um bonito falando que viveu isolado de todo e qualquer convívio com o mundo e escreveu um roteiro incrível que nunca foi visto antes. Zzzzz, né.

A mesma coisa acontece com o mundo da música, e hoje em dia isso já tá beirando o insuportável. Ouço e adoro música pop desde que me conheço por gente, e a história foi sempre a mesma. Backstreet Boys e N'Sync, Britney e Christina, Spice Girls e qualquer grupo com meninas que aparecesse. Maldita MTV e revistas adolescentes que gastavam o maior tempo com especiais e páginas mostrando rivalidades que, na maioria das vezes, era a própria mídia que criava. Qualquer arroto vira motivo pra apontar o dedo e gritar cópia, desde uma frase igual até uma meia da mesma cor, o que acaba tornando tudo muito repetitivo e extremamente chato.

Agora a moda é usar a Lady Gaga como exemplo pra tudo. Usou maquiagem colorida? Lady Gaga cover. Colocou uma roupa diferente? Lady Gaga wannabe. Gravou uma música mais dançante? Se inspirou na Lady Gaga. Peidou? Uhm...tem o cheirinho igual o da Lady Gaga. As vezes parece que a mulher surgiu de outra galáxia, repleta de conceitos 100% originais e fosse o maior exemplo de sucesso que o mundo pop já viu. Aham, Cláudia, a Madonna faz isso há 20 anos, usando todo esse discurso de igualdade e o mesmo sutiã pontiagudo e, adivinhem? Também comparam as duas! É como se fosse muuuuito absurdo uma coisa parecer com a outra, como se existisse uma regra universal de que cada artista tenha que ser único, especial e criasse um ritmo de música diferente. Se fosse assim, hoje em dia exsistiria mais estilo musical que gente no mundo.

Tá, a idéia de ter só coisas novas e sempre diferentes é linda e maravilhosa, mas em um mundo de 6 bilhões de pessoas é bem improvável que isso aconteça, não é? Acho que já passou da hora das pessoas entenderem que existe um abismo de distância entre a cópia e a inspiração, e se as coisas continuarem assim logo logo segurar um microfone com uma mão ou outra vai ser motivo pra criar rixa e virar especial do VH1.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Wake up, number 37.


Viagens de ônibus. Um problema comum a todos os mortais que não tem patrocínio suficiente para comprar um carro, e ainda maior para quem mora fora e vai pra casa em finais de semana e feriados. Malditas viagens de ônibus...
Em um ano eu já tive algumas experiências interessantes. Velho pinguço fedido, estudante de medicina louca que queria conversar sobre o lado legal de ser oftamologista, vovó levando a netinha pra passear em Londrina - as duas ocupavam o mesmo banco e a capeta da menina gostava de chutar. O pior é que a pessoa nem precisa estar sentada do seu lado pra te proporcionar uma viagem dos infernos: quem nunca presenciou um infeliz abrindo aquele pacote de Cheetos Bola dentro de um ônibus fechado com o ar-condicionado torando? Momentos de tensão.
É por essas e outras que eu sigo algumas táticas antes de uma agradável viagem de 7 horas. A primeira delas é a poltrona 37, que por algum motivo me dá sorte. Bem no fundo, a uma distância necessária do banheiro e isolada do meio do ônibus (que é onde os velhinhos que roncam costumam viajar), foi aí que tive as minhas viagens mais tranquilas, inclusive aquela em que o moço bonito e cheiroso que ouvia Strokes sentou ao meu lado. Além disso, é óbvio que eu rezo. Ah, como eu rezo. Rezo pra vir sozinha (a não ser que o moço bonito e cheiroso que ouvia Strokes apareça de novo), rezo pra não ter crianças por perto em um raio de cinco poltronas e pra que aquele legalzão que acabou de comprar um celular com mp3 não se esqueça de levar um fone de ouvido. E o mais importante, também rezo pra que Deus me acorde na hora certa e que assim eu não acabe parando em Maringá

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Jack, quem?


Porque no meio de todos os mistérios a serem desvendados e de todas as respostas que a sexta temporada de Lost pretende revelar, só uma coisa realmente interessa:




E já que uma imagem vale mais do que mil palavras, ele ainda lê.


Espero que essa temporada demore bastante pra terminar.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Oito ou oitenta


Universo barretense: cidade com cento e poucos mil habitantes; comida quentinha, caseira e gostosa; roupa lavada, passada, cheirosinha e com aspecto de comercial de amaciante; pai pra jogar conversa fora a noite; TV por assinatura; caixa eletrônico do banco só para fins pessoais; carro na garagem; amigos de mais de uma década; namorado a alguns quarteirões de distância; chegar em casa de madrugada vendo tudo dobrado e ter cuidado para os pais não perceberem nada; pão quentinho no final da tarde; suco fresco em todas as refeições; tardes inteiras torrando no sol com as amigas; ouvir música com fone de ouvido; casa grande e espaçosa; quarto do tamanho de uma sala, equipado com som e televisão.

Universo londrinense: cidade com quinhentos e poucos mil habitantes; almoço no RU por R$2,10, congelados ou enfrentar o fogão; roupas lavadas e passadas a R$3,00 o quilo; pai no telefone por alguns minutos ao dia; TV de 14 polegadas com 7 canais - e olhe lá; fila de banco pra pagar contas; ônibus, táxi ou pernas-pra-quê-te-quero; amigos sem nível nenhum; namorado a uns bons quilômetros de distância; chegar em casa de madrugada vendo tudo dobrado, trocar de roupa, dormir com o colchão no chão, passar mal a noite toda e não lembrar de nada no outro dia; comprar a tarde o pão da outra manhã; suco de saquinho; tardes de "Friends" e brigadeiro com jornalistas bizarros; ouvir música do jeito que eu quiser; flat de 17 m².

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Roda viva


Carla fazia Medicina. Carla era loira, olhos azuis, pele branquinha. Carla vinha de uma família de classe média-alta. Carla não bebia. Carla não fumava. Carla tirava notas boas. Carla era católica praticante. Carla votava em um partido de direita. Carla namorava o mesmo garoto desde os 17 anos. Carla queria se tornar pediatra. Carla se dizia feliz.
Karina fazia Publicidade. Karina tinha cabelos e olhos castanhos, pele clara. Karina vinha de uma família de classe média. Karina bebia socialmente. Karina não fumava. Karina era uma aluna na média. Karina foi crismada e desde então não voltou à igreja. Karina se dizia apolítica. Karina era solteira. Karina queria trabalhar em assessoria de imprensa. Karina se dizia feliz.
Maria fazia curso técnico de Enfermagem. Maria era negra, olhos pretos, pele bem escura. Maria vinha de uma família de classe baixa. Maria bebia. Maria fumava. Maria sempre estudou em escolas públicas e se acostumou com recuperações. Maria nunca foi à igreja. Maria votava em um partido de esquerda. Maria tinha dois filhos de pais diferentes. Maria queria trabalhar em postos de saúde. Maria se dizia feliz.
Karina sofreu um acidente. Carla dava plantão no hospital onde Karina foi levada. Maria trabalhava ali como auxiliar de enfermagem. Karina estava à beira da morte e precisava de transfusões de sangue. Carla a atendeu. O banco de sangue estava em falta com o tipo sangüíneo de Karina. Todos os presentes no hospital de dispuseram a fazer o exame de compatibilidade. Maria foi a única que pôde ajudar. Karina sobreviveu.

*Crônica publicada originalmente no boladafoca.blogspot.com

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Dias de chuva


Nunca tive motivos pra ter problemas com chuva, já que Barretos tem alguns pequenos pontos de alagamento e eles nunca são perto da minha casa. A única coisa é que, sabe Deus por que, eu tenho medo - muito medo - de raios e trovões (coloco a culpa no Dr. Victor, do Castelo Rá-Tim-Bum). É o tempo começar a fechar que já começo a pensar em mil maneiras de morrer. Tenso.
Com alguém por perto, acabo dividindo a paranóia e tudo passa mais rápido, mas o grande problema veio esse ano. Morando sozinha em uma cidade que eu já considero a Forks brasileira do tanto que chove, tive que aprender a lidar com a minha histeria, tentar esquecer a tempestade lá fora e tentar ser normal, o que deu certo até certo ponto. O drama maior veio em uma noite escura de temporal feio em que a força acabou. A Mônica, com a maior tremedeira do mundo, pega o celular e liga pro pai. O diálogo:

- Paaaaaai! Acabou a força aqui, tá chovendo pra caramba e eu não sei o que fazer.
- Você não faz nada, menina. Deita e dorme. (é, o detalhe é que isso era quase meia-noite)
- Mas como você espera que eu consiga dormir assim?
- Fechando os olhos e contando carneirinhos, Mônica.
- Ai paaaaaai...
(tu tu tu tu tu tu tu)

E foi assim que eu percebi que, além do meu pai não me levar a sério, eu tinha encontrado meu medo irracional.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

E foi uma monicada daquelas


Se tem uma coisa que eu me lembro bem das aulas de literatura do colegial - além dos brações e dos olhos azuis do professor - é da liberdade que Guimarães Rosa tinha para inventar palavras. Lógico que quando ele fazia isso a galera achava poético, bonito e chamava de figura de linguagem, mas ai de mim se saio por aí falando que fulano é humildoso ou que alguma coisa é nonada. Pobre da Mônica analfabeta, né.
A questão é que sempre quis ter esse poder de inventar palavras que acabassem pegando, coisa que hoje em dia parece tão fácil. Fala sério, o que você pensaria se há 10 anos alguém chegasse e pedisse uma explicação sobre alguma coisa que você twittou hoje? Ou então se, do nada, você fosse chamado de adultescente? Parece que a cada ano o dicionário engrossa mais e as palavras ficam mais específicas (ou idiotas, como no último exemplo citado), e isso só me dá mais vontade de ter meu próprio vocabulário.
Imagina só todo mundo falando o moniquês como segunda língua, conjugando o verbo monicar no pretério-mais-que-perfeito e admirando uma coisa muito legal com um "nossa, que monicada!"? Aos mais ignorantes, os problemas de compreensão seriam resolvidos facilmente com meios alternativos. Tipo a minha avó, que é tão from farm que as vezes a gente tem que brecar e soltar um "Dona Nilza, por favor, desenha o que a senhora quer dizer que com palavras não tá dando pra entender".
De qualquer forma, acho que vou abraçar de vez a causa dos neologismos. Afinal de contas, se a Beyoncé conseguiu enfiar bootylicious no Oxford, por que eu não posso monicar no Aurélio?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Vivendo e aprendendo com Jennifer Aniston


Quando você perde seu marido para uma mulher linda-sexy-generosa-nora-que-toda-mãe-deseja, é sinal de que o mundo acabou e você tem toda a licença poética para se jogar num pote de sorvete? Não, minhas caras. Aprendam com a mestre:

Guia de superação do abandono, por Jennifer Aniston

1) Seja a queridinha da América por 10 anos.

oi, não esqueçam que eu sou rachel green e que vocês me amam

2) Renove o guarda-roupa, faça várias makeovers e seja figurinha constante em listas das mais bem vestidas.

I got the power


3) Saia pegando geral enquanto seu ex está casado, barbudo e com seis filhos.




4) Tenha 40 anos, seja linda com essas pernas e faça um filme com Gerard Butler.


Aprendeu? Porque depois que você pega o jeito, não tem deus grego que te deixe pra baixo.

The new thing


Quando o assunto é mudança, eu sempre fico com um pé atrás. É até engraçado dizer isso, ainda mais vindo de uma pessoa que muda de casa praticamente uma vez por ano, corta o cabelo como quem troca de roupa e tem vontade de renovar o guarda-roupa pelo menos uma vez por semana, mas é a mais pura verdade. Mudar uma coisa antiga é como mexer em time que tá ganhando, e sempre me deixa na dúvida se é ou não a coisa certa.
O blog é desse jeito. Depois de passar quase três meses sem postar nem um oi e ver teias de aranha se formando no cantinho da página, percebi que se não desse uma repaginada a coisa não iria pra frente, e a idéia de ficar sem um canto em que eu possa escrever o que me der vontade é simplesmente inconcebível. Portanto, cá estou. Dei tchau a uma hospedagem de anos (e que eu dava um calote bonito), passei uma madrugada inteira montando um blog novo e fiz minha única resolução de ano novo: escrever mais, me expressar mais e deixar que as teclas do meu computador falem no lugar da minha voz de taquara rachada.
Assim, aproveitem o novo que nem é tão novidade assim.