quarta-feira, 24 de março de 2010

Wake up, number 37.


Viagens de ônibus. Um problema comum a todos os mortais que não tem patrocínio suficiente para comprar um carro, e ainda maior para quem mora fora e vai pra casa em finais de semana e feriados. Malditas viagens de ônibus...
Em um ano eu já tive algumas experiências interessantes. Velho pinguço fedido, estudante de medicina louca que queria conversar sobre o lado legal de ser oftamologista, vovó levando a netinha pra passear em Londrina - as duas ocupavam o mesmo banco e a capeta da menina gostava de chutar. O pior é que a pessoa nem precisa estar sentada do seu lado pra te proporcionar uma viagem dos infernos: quem nunca presenciou um infeliz abrindo aquele pacote de Cheetos Bola dentro de um ônibus fechado com o ar-condicionado torando? Momentos de tensão.
É por essas e outras que eu sigo algumas táticas antes de uma agradável viagem de 7 horas. A primeira delas é a poltrona 37, que por algum motivo me dá sorte. Bem no fundo, a uma distância necessária do banheiro e isolada do meio do ônibus (que é onde os velhinhos que roncam costumam viajar), foi aí que tive as minhas viagens mais tranquilas, inclusive aquela em que o moço bonito e cheiroso que ouvia Strokes sentou ao meu lado. Além disso, é óbvio que eu rezo. Ah, como eu rezo. Rezo pra vir sozinha (a não ser que o moço bonito e cheiroso que ouvia Strokes apareça de novo), rezo pra não ter crianças por perto em um raio de cinco poltronas e pra que aquele legalzão que acabou de comprar um celular com mp3 não se esqueça de levar um fone de ouvido. E o mais importante, também rezo pra que Deus me acorde na hora certa e que assim eu não acabe parando em Maringá