tag:blogger.com,1999:blog-31113110729481977402024-03-05T21:23:19.652-03:00(in)formação em coresMônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.comBlogger45125tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-39570826989141487512014-09-08T15:25:00.001-03:002014-09-08T15:27:19.781-03:00The Loneliest Whale<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;">"Have you heard of the Loneliest Whale? There's this whale – I think Adrian Grenier is making a documentary about it. It swims through the ocean, and it has a call unlike any other whale's. So it doesn't have anyone to swim with. And everybody feels so sorry for this whale – but what if this whale is having a great time? Because it's not bad that I'm not hopelessly in love with someone. It's not a tragedy, and it's not me giving up and being a spinster. Although I did get another cat."</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Miller Headline', Georgia, serif;"><br /></span></div>
<a href="http://www.rollingstone.com/music/features/taylor-swift-1989-cover-story-20140908">Melhor pessoa</a>.<!--3-->Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-58686117833437730372014-07-14T20:56:00.002-03:002014-07-14T21:22:45.025-03:00Essa é pra Mônica<div style="text-align: justify;">
Oi Mônica.</div>
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Essa é uma carta pra você, só que vem lá da frente - pra ser mais específica, vem da Mônica com dez anos a mais. Sim, você aí com 14 agora tem 24 nas costas e nem imagina como as coisas vão ser. Vou aproveitar pra tentar dar uma resumida, tá.</div>
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Então, você é jornalista. Sim, você conseguiu! Convenceu seu pai, fez um ano de cursinho, passou em dois vestibulares públicos e mudou não só de cidade como também de estado. Você foi morar em Londrina, dá pra acreditar? É, eu sei, isso nem passa pela sua cabeça. Mas olha, saiba que foi a melhor coisa que você já fez até hoje. No começo foi complicado, você achava que era maluquice demais e queria largar o curso pra fazer qualquer outra coisa. Mas no fundo você sabia que tudo ia passar e adivinha? Passou. </div>
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<br /></div>
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Foram os melhores anos da sua vida, Mônica. Você aprendeu a ter liberdade e a usar cada pedacinho dela do jeito certo. Teve a vida de faculdade que sempre quis, e aproveitou muito todo o aprendizado e todas as bobeiras desses quatro anos. E Mônica, você fez muuuuitos amigos. Conheceu gente pra caramba, arrumou alguns encostos e passou a lidar com gente de todos os tipos. No meio de tudo isso, você encontrou pessoas que se encaixaram perfeitamente na sua vida e não vão mais sair, pode ter certeza. Gente que até hoje faz parte do seu dia-a-dia, mesmo de longe.</div>
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<br /></div>
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Pois é, você se mudou de novo. Agora você mora em São Paulo, como sempre sonhou. Eu sei que você deve estar abrindo um sorrisão aí pensando "poxa, que sonho realizado, sou jornalista em São Paulo!", mas olha...não é fácil. Posso ser bem sincera? Você ainda está meio perdida. É normal e tudo mais, mas você está percebendo aos poucos que planos mudam e que é OK não saber o que quer desde que você saiba o que não quer. Tá difícil, Mônica, mas acho que estamos no caminho.</div>
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<br /></div>
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Agora vamos voltar a falar de coisa boa? Mesmo nas suas crises existenciais, você parece atrair muita gente legal. As pessoas dizem que você é "leve e corajosa", olha só. E você se dá bem nas coisas que faz, sabe. Até hoje você já trabalhou em várias coisas diferentes, fez uma Pós Graduação em Moda (sim, você é das Modas agora, por incrível que pareça) e já até escreveu pra Capricho! Aliás, uma dica: pega as suas revistas e esconde em algum lugar no quarto porque qualquer dia desses o papai vai te dar uma bronca feia e de castigo vai jogar todas elas no lixo. Vai por mim, melhor esconder.</div>
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Mônica, você vai se apaixonar. E vai ser legal, mas não vai dar certo. E aí você vai fazer merda. Bastaaaante merda. Mas vai passar. E eis que quando você menos esperar, você vai se apaixonar de novo. E vai ser tudo tão diferente e natural que você vai se sentir a pessoa mais sortuda do mundo quando estiver com ele. Ele vai ser meio ogrinho e te irritar bastante, mas como você também não é muito fácil vocês vão combinar bem. Vocês vão ser um casal legal e você vai dormir e acordar todos os dias pensando em alguém que pensa em você também - e depois de todos esses anos você vai entender que isso é o que mais importa.</div>
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<br /></div>
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Nesses dez anos você vai perceber que a sua família não é a mais tranquila do mundo, mas com certeza é a melhor que você poderia ter. Depois que você se mudar, tudo vai mudar também. Você e o papai vão se tornar um grude, a mamãe vai ser sua melhor amiga e até o Renan vai se tornar um irmão legal. Infelizmente o vovô vai deixar a gente meio cedo e não vai ter um dia que passe que você não pense nele, mas a vovó vai seguir do seu lado por todos os momentos. Você vai ver que pode até ter uma casa em outro lugar, mas o seu lar é um só. </div>
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<br /></div>
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O que eu quero que você saiba, Mônica, é que você vai crescer muito. Você vai sair de uma zona de conforto e vai realizar seus sonhos um de cada vez, dia após dia. Hoje, com 24 anos, você vai se sentir preparada para alcançar novos objetivos e vai se animar com cada um deles, e mesmo que alguns não deem certo você vai aprender a enxergar tudo como aprendizado. Você vai mudar demais, e mesmo que algumas pessoas tentem te colocar pra baixo você vai conseguir sempre escutar a sua própria voz. E Mônica, você vai seguir cantando a sua canção, do jeitinho que a Christina Aguilera sempre falou e que agora você leva tatuado no braço. Boa sorte, tamo junto!</div>
Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-22554387561159358942013-12-08T19:53:00.002-02:002013-12-08T20:01:29.705-02:00Sei lá.<div style="text-align: justify;">
(Olha, faz mil anos que eu não escrevo. </div>
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Eu não sei se eu ainda sei fazer isso.</div>
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E esse não vai ser um texto bonito e poético que todo mundo vai se identificar, tá?</div>
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Isso é sobre mim.)</div>
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Como eu disse, faz mil anos que eu não escrevo nada. Logo eu, que andava com caderninho na bolsa pra anotar qualquer coisa e sempre corri pra cá com as palavras. A verdade é que foi um ano esquisito, complicado, de muito medo e totalmente freak, cheio de coisa estranha. E aí eu perdi a vontade, sabe? Tava sem saco, fui chata e deixei tudo guardadinho, resolvendo na minha cabeça. Acho que funcionou, sei lá.</div>
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Enfim, hoje deu vontade de escrever - e eu já disse, não vai ficar lá essas coisas. Mas deu vontade de tentar falar que eu não sei terminar as coisas. Que eu também tenho medo. Que eu não sou lá tão cheia de certeza quanto eu penso que sou. Que eu meio que não sei o que fazer. Que eu queria que as coisas fossem mais normais.</div>
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Sabe, eu não penso demais. Eu tento resolver rapidinho e não me impeço de fazer as coisas - eu penso, faço e aí vejo no que dá. E eu não sou de analisar mil horas, de esperar e sei lá, fazer planinhos. Na verdade, pra ser beeem da sincera, tenho um pouco de preguiça de planejar tudo e vou vendo o que acontece. Sei lá, se deu certo, beleza. Se não deu, paciência.</div>
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Só que agora parece que tem coisa apertando demais e que tá na hora de resolver. E eu tô tentando falar e fazer aos poucos, mas eu sou muito estabanada. Eu queria mesmo é acordar e já estar tudo resolvidinho, com tudo no lugar certo e a gente só aproveita e segue em frente. Essa coisa de ter paciência e saber a hora certa de agir não é muito comigo não, e parece que quanto mais o tempo passa mais tempo eu tô perdendo, sabe? </div>
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Eu disse que isso aqui não teria lá muito sentido, mas a questão é que é bom tirar do peito um pouco pra tentar amenizar e fazer o tempo passar. E se tem uma coisa que eu aprendi esse ano é que o tempo passa mesmo e leva tudo embora. Deixa tudo bem, deixa a gente tranquilo, faz a gente dormir. Então eu espero que mais uma vez ele ajude a tomar conta das coisas e mostre o que dá certo ou não. O que compensa. O que vale a pena. O que realmente é de verdade. E sei lá, vamos começar de novo e ver mais uma vez onde é que isso tudo vai dar.</div>
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(E sim, eu falo muito 'sei lá').</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3zuKEf30qzkPIGskJi7TiAG9RSoyxVNtNGjox56UooX78dbdB7A-l3tsUJUkvKBef8yzLpYQt9KRk_5fNrijE5YcI4vKkv9fAC2NNZsVGzfMF1Ye6zaSaDX6gNp-clUenBHhZIeaPAWeU/s1600/tumblr_mig54tSaHs1qbd4auo1_1280.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="177" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3zuKEf30qzkPIGskJi7TiAG9RSoyxVNtNGjox56UooX78dbdB7A-l3tsUJUkvKBef8yzLpYQt9KRk_5fNrijE5YcI4vKkv9fAC2NNZsVGzfMF1Ye6zaSaDX6gNp-clUenBHhZIeaPAWeU/s320/tumblr_mig54tSaHs1qbd4auo1_1280.jpg" width="320" /></a></div>
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Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-46772629231296409112013-12-08T01:47:00.005-02:002013-12-08T01:47:54.518-02:00It's a roller coaster<div style="text-align: justify;">
Não foi como eu imaginava. Começou com um problemão, um belo fundo de poço e um daqueles casos que parece sem fim. Parecia que o que tava só começando ia acabar por ali mesmo, logo na largada. Aí veio uma respirada, uma escapada, e pronto. Engraçado que quando a gente menos espera percebe que aquela história do "se afastar pra ter uma visão melhor das coisas" realmente funciona, né?</div>
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Foi começar a fazer sentido só lá pela metade. Gente nova, coisas novas, ideias novas, ocupação nova e uma paixão velha que cresceu cada dia mais. Paixão que faz levantar da cama e aguentar um monte de besteira todos os dias só pra ir crescendo e chegar lá um dia. Paixão que fez perder sextas e sábados pra descobrir um mundo de novidades que só cresceram no peito e na mente, fazendo ter mais vontade de continuar. Uma paixão cheia de moda.</div>
<div style="text-align: justify;">
E aí, agora no finzinho, começou a bagunçar de novo. Deu aquela apertada e deu vontade de começar de novo. Tudo de novo, lá longe. Eu sempre soube que não gostava de me sentir presa, e esse não gostar finalmente fez diferença. Impressão de que é hora de arrumar tudo, de deixar tudo certinho e no lugar e correr pra longe. De desculpar, de rir, de aproveitar e de abrir o coração. Hora de tentar consertar o que ficou errado e não deixar nada pra trás. Hora de dizer o que é de verdade e torcer pra que fique entendido, que fique bem. Afinal de contas, a essa altura da vida já deu pra perceber pelo que vale a pena lutar.</div>
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Fazia muito tempo que eu não escrevia nada. Realmente foi um ano de guardar as coisas e deixar tudo quieto, só pra mim. E agora que tá acabando fica a impressão de que funcionou e valeu a pena, e toda a história de deixar aparecer só um pouquinho de cada vez tem lá o seu mérito. Eu não sei se vou continuar a escrever, se a vontade vai aparecer de novo ou se foi só um lapso em uma madrugada de sábado. O que eu sei é que tá aí, acabando. E daqui a pouco a gente começa de novo. E daqui mais um pouco ainda novas tretas vão aparecer e vão ser resolvidas iguais as antigas, que lá no começo de 2013 pareciam tão impossíveis.</div>
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It's a roller coaster, né.</div>
Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-19911355777633023092012-07-12T20:48:00.001-03:002012-07-12T20:48:38.051-03:00Porque pessoas são pessoas...<div style="text-align: justify;">
Quando as coisas ficam difíceis e a água começa a bater na bunda, cada um se apega a algo diferente pra tentar melhorar a situação. Um livro, uma música, <i>fast food</i> ou um balada hard - tudo com o único intuito de melhorar o astral, sacudir a poeira e dar a volta por cima. E é justo agora que as coisas apertaram pro meu lado que eu percebo que o meu escape é bem simples: minhas pessoas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tenho uma amiga que fala que a gente tem uma "coleção de gente querida", daquelas que guardamos bem ali no cantinho e que quando precisamos é só abrir a tampa que elas saem da caixa. Nesses últimos dias de ápice do stress, percebi que, mesmo com esse ar <i>self centered</i> que as vezes eu passo, cada vez mais eu preciso das minhas pessoas, de um jeito ou de outro. Preciso da voz, do aconchego, do abraço e da risada de cada um, sempre.</div>
<div style="text-align: justify;">
Seja na mão quentinha, nas risadas que doem a barriga, na barba zuada e engraçada, nas conversas sobre divas pop ou em falar mal dos outros (desculpa aê, mas isso sempre me faz bem), tudo contribui pra distribuir um pouco o peso e tirar um pouco das minhas costas - e olha, tá funcionando, viu. No fundo tô começando a enxergar que um problema não tem que afetar uma vida inteira, não. Ele tem é que ser resolvido com calma e paciência, simples assim.</div>
<div style="text-align: justify;">
E é por isso também que eu escrevo aqui, sabe. Acaba sendo mais uma forma de dividir e pôr pra fora o que não compensa ficar guardado, e isso faz um bem danado. A verdade é que quero (e preciso) de pessoas queridas de todo o jeito, mesmo que sejam só aquelas que vão ler esse post do nada e dar uma curtida como forma de incentivo. Afinal de contas, não há limites pra minha coleção de gente querida.</div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-8640570157039219432012-05-25T01:07:00.002-03:002012-05-25T01:25:10.947-03:00Simples<div style="text-align: justify;">
Eu lembro que quando eu tinha uns onze anos, meu avô encontrou meu diário no meio de umas caixas de mudança. Ele leu e veio me falar. Imagina eu, a menina que mais tinha vergonha de tudo no mundo, conversando com meu avô sobre as coisas que ele tinha lido no meu diário. O menino que eu gostava, como eu me sentia na escola, o dia que eu tinha "virado mocinha". Lembro que a sensação era de que nada mais seria igual, que a vida tinha acabado, que a partir daquele momento o mundo entraria em colapso e explodiria. Tudo porque meu avô leu meu diário. </div>
<div style="text-align: justify;">
Mas não. Ele trocou meia dúzia de palavras comigo, disse que se eu quisesse eu poderia falar com ele sobre qualquer coisa e que tudo que tava acontecendo comigo era normal pra minha idade - mas que eu devia parar de mandar cartinha pro menino porque menina tem que esperar ele vir atrás. Poucas e óbvias, mas sábias palavras.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu lembrei dessa história hoje, e fui lembrando desse jeitão típico do meu avô. E sabe, eu acho que as pessoas deveriam ser mais como ele, mais simples. Incrível como era tão fácil e tudo se resolvia com uma massagem no pé assistindo televisão, uma boa música velha ("você conhece essa moda, Monicleta?") ou uma boa comida. Não tinha enrolação ou mimimi, era tiro e queda e pequenas coisas deixavam o velho feliz. Saudades facilidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
É que às vezes parece que tá todo mundo pirando - eu, inclusive - por pouca coisa, detalhes que todo mundo tem que lidar uma vez ou outra e que passam quando a gente menos imagina. E olha, falo isso porque eu mesma ando me destacando como a rainha do exagero, do mimimi e do fim do mundo, em vários sentidos. Por isso acho que agora deu, né. Chega de papinho chato, dê-erres eternas e rugas de preocupação. Sei lá, acho que assim a gente não chega nos 70 como meu avô chegou, não.</div>
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<br /></div>
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*Lembrei também que vai fazer dois anos que ninguém me chama de Monicleta. Saudades, vovô.</div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-87498489580110162972012-04-22T21:49:00.000-03:002012-04-22T21:52:16.442-03:00Da validade das pessoas<div style="text-align: justify;">
E no meio de tantas conversas <i>nonsense,</i> esses dias veio uma que não saiu da minha cabeça: sobre a validade das pessoas. Normal a gente pensar que as pessoas vem e vão, e que guardamos só as realmente especiais mesmo, mas é difícil pensar no que faz uma pessoa se tornar "guardável". A partir daí a teoria foi sendo construída, e então veio a comparação: no fundo, somos como alimentos e, querendo ou não, todos nós temos uma data de validade. Basta saber o que é mais útil guardar.</div>
<div style="text-align: justify;">
É muito fácil ser um legume, por exemplo. Bonito, colorido, vistoso, até saudável. Mas um legume (vale também pra vegetais e tal) dura só uns diazinhos e puf, fica murcho, preto, nojento. Legumes são efêmeros, sabe...</div>
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Mais fácil ainda é ser um docinho, daqueles de padaria. Gostoso, lindo, prazer imediato e...horas depois de fabricado já tá feio e sem graça. Coisinha passageira, que só serve pra dar uma animada em um dia nublado.</div>
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A coisa começa a melhorar quando você encontra uma carne. Além de saudáveis e nutritivas, carnes podem ser congeladas e serem guardadas por meses, sempre atentas à sua necessidade. Sem contar a versatilidade e o cheirinho bom de uma carne assada bem quentinha...</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas a verdade é que nada se compara às conservas e enlatados. Sempre ali, bem guardadinho, um enlatado te ajuda desde os momentos de necessidade até a criação de um prato mais elaborado, atuando como aquele diferencial que ninguém mais tem. Um enlatado te acompanha sem precisar de muito espaço ou temperaturas específicas, basta um lugarzinho arejado e já tá feliz. Sem contar que em todo retrato de fim do mundo, seja por desastres naturais ou invaões zumbis, a primeira dica é sempre estocar as latinhas. Uma mão na roda, um parceiro para todas as horas, tudo o que você precisa em uma ilha deserta. Por isso, fica o conselho de amigo: quando passar no mercado, um pouquinho mais de atenção aos pêssegos em calda e às ervilhas pode vir a calhar, tá.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFR-Jx3LAGhyu-L3VwQmXcApg5TWmQ5kM5fuuqyxLpXGF1mF3iL4gIwkXf7FwHk6rkKotuDKk8k9mhqpIYOr69bxyfl0r2SUWdbXlw9sIwpluuEldhzqB1c2yzdnch4IQlrhyphenhyphenE-_ukaER-/s1600/latas.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFR-Jx3LAGhyu-L3VwQmXcApg5TWmQ5kM5fuuqyxLpXGF1mF3iL4gIwkXf7FwHk6rkKotuDKk8k9mhqpIYOr69bxyfl0r2SUWdbXlw9sIwpluuEldhzqB1c2yzdnch4IQlrhyphenhyphenE-_ukaER-/s320/latas.jpeg" width="271" /></a></div>
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<b><3</b></div>
</div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-23369451249907037882012-01-31T13:57:00.003-02:002012-01-31T14:22:55.070-02:00Oi Deus<div style="text-align: justify;">Oi Deus. </div><div><div style="text-align: justify;">Acordei pensando na conversa que tivemos ontem a noite, antes de dormir (aliás, foi a primeira noite em dias que eu dormi bem, então se você teve alguma influência nisso, valeu). Foi bom saber que mesmo com o meu desfalque constante, ainda somos um time e que você simplesmente não desiste de ver a gente ganhando. Como eu disse ontem, vou fazer o meu máximo pra ser mais presente e contribuir no nosso jogo.</div><div style="text-align: justify;">Sabe Deus, é engraçado como as coisas são. Lembra que eu comentei que ainda não estou pronta pra me aguentar sozinha? O pensamento ainda continua, mas hoje eu acordei com vontade de passar o dia inteiro só comigo, sem nada nem ninguém. Uma tarde de mulherzinha, pipoca, guaraná e aqueles episódios atrasados das minhas séries. Um programa solitário justamente pra uma pessoa que anda procurando gente cada vez mais. E sei lá, acho que é um começo. Você e suas ironias, né?</div><div style="text-align: justify;">E além dessa vontade súbita, me veio ainda a certeza de que a hora de estar sozinha ainda não chegou, mas talvez esteja chegando. E dessa vez não deu medo, sabe? Dessa vez a ideia veio sem o aperto no peito e as lágrimas nos olhos, mas sim como uma fase, só isso. Lembra quando eu jogava Super Mario e que algumas fases eu não conseguia jogar em duas pessoas? Então, é bem isso. É como se eu soubesse que daqui a pouco chega a fase que eu só consigo jogar sozinha, mas que nas próximas a participação do Luigi se faz necessária e deixa tudo mais fácil.</div><div style="text-align: justify;">E como você bem me lembrou ontem, eu só tenho 22 anos, né Deus. E nesse último ano de faculdade, é hora de me preocupar comigo, minhas necessidades e meus planos. Se tiver companhia, bacana, beleza, muito bom. Mas se não tiver, acontece. Como você disse, só morre de solidão quem não tem pra onde recorrer - e esse não é meu caso, definitivamente.</div><div style="text-align: justify;">Enfim, só queria deixar registrado que foi bom conversar com você e eu espero que façamos isso mais vezes. Eu sei que poderia ter te dito tudo isso em particular, mas a nossa conversa também resgatou a minha vontade de escrever (valeu por isso também!) e cá estamos. Foi reconfortante saber que esse nosso jeitinho de conversar ainda existe, e que você não ficou chateado pelo meu sumiço. Bom, agora acho que tenho que dizer amém, né? Então amém, Deus. Prometo que dou notícias em breve.</div></div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-69946933601475065092011-11-08T23:18:00.003-02:002011-11-08T23:33:03.297-02:00Meu avô, o policial<div style="text-align: justify;">Toda vez que vejo/ouço alguém falando sobre a Polícia e do quanto ela é corrupta e ineficiente, eu lembro do meu avô. Um homem que trabalhou honestamente a vida inteira usando farda e que tentou, do jeito dele, deixar a vida da gente mais segura, carregando sempre o orgulho de ter a profissão que tinha.</div><div style="text-align: justify;">Mesmo tendo se aposentado quando eu era bem pequena, sei de mil casos e histórias porque ele mesmo contava. E contava com a boca cheia, digna de um trabalhador que fez o serviço da maneira mais correta possível. Coisa de quem não tinha medo, de quem arriscou a vida um bom número de vezes e foi atrás do que sempre acreditava: segurança em primeiro lugar. Pro meu avô, o certo era o certo.</div><div style="text-align: justify;">Lembro que uma vez a gente encontrou a arma dele enquanto brincávamos na casinha dos fundos. Não só a arma, como o cassetete e o cinto. Quando ele viu que a gente tinha encontrado aquilo, foi o maior desespero: "larga isso agora, é perigoso demais". "Mas vô, não era com isso que você trabalhava?". "É, mas não tem bandido aqui agora. Agora é só paz". Pro meu avô, arma não era brinquedo.</div><div style="text-align: justify;">E agora a gente tá aqui, ouvindo todo mundo com a sua opinião sobre a ação da Polícia, inclusive meia-dúzia de revolucionários de sofá que só sabem falar da mídia de direita mas que não percebem que a de esquerda é igualmente tendenciosa. Gente que nunca correu riscos e quando sentiu um arrepio de medo, ligou pro 190. Gente que diz que "polícia é para quem precisa" mas precisa mais do que todo mundo junto. Gente que generaliza usando argumentos prontos.</div><div style="text-align: justify;">O exagero tá batendo na porta mesmo, mas bate dos dois lados. Do mesmo jeito que tem aqueles que não merecem usar uma farda por nem ao menos 5 minutos, tem aqueles que lutam por uma causa quebrando tudo e cobrindo o rosto, sem nem ao menos saber pelo quê estão lutando. Extremistas, dos dois lados. E burros, dos dois lados também.</div><div style="text-align: justify;">É nessas horas que imagino o que o meu avô pensaria e como ele se sentiria vendo tudo isso. E é ao imaginar a sua reação que eu acho que ele partiu na hora certa. Afinal de contas, é palhaçada demais pra alguém que dedicou sua vida a um serviço. Aquele homem fardado realmente não merecia ouvir certas asneiras.</div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-83347565369143563142011-10-11T21:15:00.004-03:002011-10-11T22:13:12.130-03:00Das vontades<div style="text-align: justify;">Eu já escrevi mais. Mais e melhor. Naquele tempo, em que o Jornalismo tava lá longe e que ter um gravador nas mãos parecia coisa de gente muito importante, eu abria uma página e pá-pum. Umas letras, algumas palavras e vários pontos e vírgulas me ajudavam a colocar aqui um pouco do que eu queria - seja bom ou ruim.</div><div style="text-align: justify;">Agora olha só, essa é a primeira vez que venho aqui desde julho. Claro que hoje as coisas são muito mais corridas do que há uns anos, mas o que eu queria saber mesmo é o que aconteceu com a vontade. Aquela coisa de querer escrever qualquer coisa a qualquer custo e sentir até um certo alívio depois que alguma sai. Na verdade, além de todo o tempo passado e tudo mais, acho que tá tudo meio perdido no meio dos artigos, dos seminários, dos releases...</div><div style="text-align: justify;">E olha, muita coisa aconteceu desde a minha última vez aqui. Algumas boas, outras ruins, muitas surpreendentes. E era exatamente essas mudanças que um dia já me motivaram a escrever mais, a usar mesmo que um pedacinho de papel para anotar uma ou outra bobagem que um dia seria mais elaborada e ocuparia um espaço aqui. Ô vontade de ter vontade de novo...</div><div style="text-align: justify;">Mas eu não acho que seja o fim do túnel, não. Afinal de contas, vontade também depende da gente, do nosso próprio esforço e coisa e tal. Então estamos aí, na vontade da vontade, buscando transformar todas essas mudanças - tanto boas quanto ruins - em um conjunto mais interessante do que esse blábláblá aleatório aqui.</div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-70930404957137482322011-07-12T18:49:00.006-03:002011-07-13T18:43:07.258-03:00There's a light...<div style="text-align: justify;">Deu vontade de vir aqui e falar um monte, usar pra ser desabafo mesmo. E olha, eu bem poderia fazer um daqueles posts que todo mundo se relaciona um pouco, falando um pouco de tudo e muito do nada, banalizando mesmo e tentando colocar aqui um pouco do que anda acontecendo. Mas né, não vai rolar.</div><div style="text-align: justify;">Ando meio revoltada com o tempo e com o tempo que ele leva pra agir (deu pra entender? haha). Acontece que tudo vem de uma maneira muito engraçada, e na maioria das vezes o tempo é uma grande vadia mesmo. Essa coisa que não passa ou vai rápido demais, e quando a gente se dá conta, percebe que nunca estamos no ponto em que queríamos estar. E eu ando assim. Uma hora querendo o ontem, outra hora querendo muito o amanhã.</div><div style="text-align: justify;">E é aí que aparece aquele buraco no peito que quer dizer alguma coisa que a gente não entende o que é - e dá medo. Um aperto que indica um caminho contrário de tudo o que você fez até hoje, cheio de complicações, mas que vem com uma luzinha no final que chama muita atenção, e dá muita vontade. </div><div style="text-align: justify;">De vez em quando vem esse desejo pra que ela chegue logo. Afinal de contas, em todas as histórias do mundo é nesse "fim do túnel" que vem a solução linda e mágica para todos os problemas. E mesmo que eu não seja muito do time das que sonham acordadas, é nessa luzinha que eu ando me agarrando, contando os dias pra ela chegar de uma vez, logo com um abraço quentinho e um sorriso no rosto.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe width="400" height="325" src="http://www.youtube.com/embed/l8vM_VX2WjM" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></div><div style="text-align: center;"><i>Now everything's cool as long as I'm gettin' thinner</i></div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-80776423290032496972011-05-20T21:55:00.005-03:002011-05-20T22:21:38.881-03:00Jeito mulherzinha<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">Contando com mais uma participação da minha querida <a href="http://twitter.com/karinaconst">@karinaconst</a>, esse é um post dedicado à todas as cuecas que já passaram pela sua vida.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><b><span class="Apple-style-span">As coisas que os homens mais amam odiar na gente</span></b></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><ul><li style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">Nós, mulheres, temos a capacidade incrível de nos reinventar. Mudamos de humor, descobrimos novos gostos e reformulamos antigas ideias com a mesma facilidade que trocamos o salto pela rasteirinha quando nossos pés nos pedem um descanso. <span style="mso-spacerun:yes"> </span>Talvez, seja esse nosso maior charme.</span></li></ul></div><div><ul><li style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">Os homens reclamam que não nos entendem e que temos o dom de deixar tudo mais complicado. Não estão totalmente errados. O que não está certo é dizer isso como se fosse algo negativo. Que chato seria se nós fossemos constantes, práticas e previsíveis.</span></li></ul><ul><li style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span>Vivemos de dilemas e adoramos joguinhos psicológicos. Tá aí a graça da coisa.</span></span></li></ul><ul><li style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">Homens nunca entendem metáforas. E quando você diz tudo na maior naturalidade possível, tipo "sua barba tá bonita", ele vai achar que tem algo por trás disso. Oito ou oitenta, sempre.</span></li></ul><ul><li style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">A gente vive no platônico e se apaixona uma vez por semana, no mínimo. Não reclamem que somos confusas, vocês são lentos demais para perceber.</span></li></ul><ul><li style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">Não suportamos o tédio. A vida pode ter seus altos, seus baixos, mas, por favor, não seja entediante. Gostamos do movimento, das transformações e dos acontecimentos que nos afloram os mais diferentes tipos de sentimentos. </span></li></ul><ul><li style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">Nós passamos sinais O TEMPO TODO. Se pegamos seu celular por qualquer motivo babaca - seja uma rifa ou informação sobre uma festa qualquer - é porque estamos querendo alguma coisa. Só a sua cegueira não percebe.</span></li></ul><ul><li style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Emoções que podem vir de um elogio feito pela pessoa certa, do sorriso largo, do convite inesperado, do cabelo arrumado, da pele perfeita ou do rímel certo. Tudo que deixa o nosso mundo mais mulherzinha. Como disse Arnaldo Jabor, já imaginou um mundo sem cinturas e saboneteiras?</span></li></ul><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">Gente, essa lista poderia seguir <i>on and on</i>, mas ficamos por aqui. Mais dicas são aceitas, porque a convidada especial agora escreve uma coluna semanal sobre comportamento feminino e está em busca de novas inspirações!</span></div></div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-90648793814094721292011-04-12T19:35:00.004-03:002011-04-12T20:23:19.113-03:00Muito além de uma it girl<div style="text-align: justify;">De uns tempos pra cá praticamente todos os blogs de moda adotaram o termo <i>it girl</i> pra se referir a alguém que "está na moda e serve de referência". Durante a SPFW, o GNT fez um programa em que abordava o tema e saiu perguntando às pessoas na Bienal o que elas achavam disso, e metade dos entrevistados - curiosamente eram bem aqueles que trabalham com moda há um bom tempo - disseram que acham isso uma babaquice total. O engraçado é que a enquete virou um misto de indignação entre quem vive disso e um monte de blogueira de look do dia tentando explicar o que elas tanto almejam ser.</div><div style="text-align: justify;">E ó, não é por nada não, mas eu concordo plenamente com o time que acha toda essa história uma idiotice. Se você joga <i>it girl</i> na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/It_girl">wikipedia</a>, a primeira definição é <span class="Apple-style-span">"<span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px; ">termo utilizado para se referir às garotas fúteis", simples assim. E eu acho um tanto quanto irônico pessoas que tanto falam sobre a moda ser mais que uma simples futilidade aceitarem ser encaixadas numa categoria que coisifica a mulher até no vocabulário. O mais engraçado é que nem elas mesmas conseguem definir alguns conceitos básicos e sempre acabam no "a moda é você se vestir do seu jeito". Muito fácil falar isso com um Louboutin nos pés e uma Louis Vuitton nos braços.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px;">Nada contra as <a href="http://twitter.com/#!/alexa_chung">Alexas</a> e <a href="http://www.leblogdebetty.com/en/">Bettys</a> pelo mundo afora: acho muito legal essa popularização do "falar sobre moda", e super apoio os blogs que tratam do assunto de uma maneira não-convencional. Só que anda complicado encontrar alguma coisa diferente em um universo que parece só se interessar em ganhar brinde de marca famosa e fazer resenha de esmalte. Quer falar sobre moda? Fale, mas por favor mude o tom. Já existem trilhões de meninas fazendo a mesma coisa por aí e sendo lindas. E olha, eu sei que é difícil: já tentei manter um blog com mais duas amigas e percebi que o negócio exige um belo empenho. Se você o tiver, vai com fé porque sempre existe alguma coisa a mais a ser dita, pode confiar.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px; ">Além do que, esse tipo de coisa é uma afronta a tantas mulheres que ajudaram a construir toda essa indústria. É muito fácil hoje em dia uma fulaninha bem-nascida criar um blog, colocar fotos das suas roupas e sair falando das tendências de inverno, sem nem saber de onde o estilista tirou inspiração pra fazer aquilo. Sei lá, acho que já existiu um dia em que entender de moda era mais do que saber dar um nó no cinto e passar batom laranja.</span></span></div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-46295237968308767072011-04-07T19:27:00.003-03:002011-04-12T20:16:23.557-03:00Carrie Bradshaw feelings<div style="text-align: justify;">Esse post é patrocinado pela minha querida <a href="http://twitter.com/karinaconst">@karinaconst</a>. Do alto de seus 1,57m , ela é uma mocinha sabida, bonita e gostosa, mas que sofre com a falta de homem no mundo - como muitas queridas por aí. Portanto, segurem o lencinho e ajudem a minha parceira de <i>woohoozices </i>a desvendar esse desaparecimento masculino em massa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><b>Estamos a procura. Cadê você?</b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"> Não está fácil para ninguém. Posso falar, com conhecimento de causa, que nós mulheres temos que conviver com um problema que está aí escancarado para quem quiser ver: a falta de homem! Estatísticas mostram que o número de homens é inferior ao do sexo oposto, dizem até que a diferença pode chegar a 4 milhões. Quatro milhões: OK! Agora tira daí: os casados, gays, os que não fazem o seu tipo e aqueles que não querem nada com coisa nenhuma. O número de opções cai significativamente.</div><div style="text-align: justify;"> As causas disso? Pode ser um problema genético: alguma coisa está dando errado na hora de juntar os cromossomos e sempre entra mais um X ao invés de um Y. Deve ser algo na água, sabe. E o pior é que além de faltar homem, os que estão aí formados – com o X e o Y onde devem estar – nem sempre atendem aos nossos requisitos básicos para um futuro relacionamento. Ou seja, além do problema de quantidade, entra aí um problema maior que é o de qualidade.</div><div style="text-align: justify;"> Procura-se: Homem solteiro, bonito, inteligente, empregado (ou empresário) e que ainda leve a vida com bom humor (coloque aqui aquelas características que não podem faltar para você). Ninguém? Não, mesmo? (...) É, gente está complicado. Será que somos nós que estamos muito exigentes? </div><div style="text-align: justify;"> Espero que não. </div><div style="text-align: justify;"> Pode ser ingenuidade da minha parte, mas ainda quero um mundo em que a gente possa escolher o pai dos nossos filhos sem aquela lógica do “Se não tem tu, vai tu mesmo”. Sem dar um jeitinho brasileiro porque ele é casado ou não quer casar com você de papel passado. A tão famosa liberdade inclui, principalmente, a liberdade de escolha. E para se ter essa liberdade, precisamos de opções. </div><div style="text-align: justify;"> Aliás, pode ser que a liberdade, na verdade, nos atrapalhe. Na época dos nossos avós, quando a liberdade de escolha era pequena ou até nula parece que os casamentos davam mais certo. Pelo menos, aparentemente. Os casais se arranjavam conhecendo pouco um do outro e, agora, completam bodas de ouro com filhos, netos e até bisnetos que podem não viver essa mesma realidade.</div><div style="text-align: justify;"> Estranho, né? Também acho. Esse assunto merece um aprofundamento muito maior do que eu posso dar, mas de uma coisa podemos ter certeza. O mundo mudou, nós mudamos e parece que a coisa ficou mais difícil. Toda essa dinâmica do relacionamento exige de nós um comportamento bastante diferenciado do anterior. A liberdade nos exige o conhecimento. Conhecer, palavra relativamente pequena, mas que é bastante complicada de ser aplicada. Implora que os dois envolvidos estejam abertos para que ela ocorra. Alguém disponível?</div></div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-11339358202750609202011-03-27T14:54:00.005-03:002011-04-12T20:16:23.558-03:00A ruguinha e o corretivo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimMV9UOmlsH9f3vHNjyO4jgjUIEuAhEObaS-SrAeTU31HKjfxQZMTz7Ea_VDPCqFFs1kZVjVtibrPTlvwR-2uk9wX0mbpTJQwzxLA8vLZrjFqY8Fi4ZPT5zhJzrxPDnRgxsE2OZH4bd-bc/s1600/Rugas_large.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimMV9UOmlsH9f3vHNjyO4jgjUIEuAhEObaS-SrAeTU31HKjfxQZMTz7Ea_VDPCqFFs1kZVjVtibrPTlvwR-2uk9wX0mbpTJQwzxLA8vLZrjFqY8Fi4ZPT5zhJzrxPDnRgxsE2OZH4bd-bc/s320/Rugas_large.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5588829013129283794" /></a><div style="text-align: center;"><i>E agora, quem poderá nos esconder?</i></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Era uma vez uma ruguinha. Sempre infeliz, ela vivia ali no cantinho do olho, deslocando-se periodicamente até a parte mais baixa da olheira, mas nunca arredando pé de seu espaço. Dia após dia, semana após semana, ela passava o tempo sem ser incomodada por ninguém, e sua maior realização era mostrar para todos os cremes inimigos que eles não eram de nada e que dali ela não sairia nunca.</div><div style="text-align: justify;">Eis que um dia apareceu o corretivo. Todo pomposo em seu formato líquido, ele veio cobrindo tudo e todos, sem se importar com o que ficava por baixo. Quando ele chegou perto da ruguinha, ouviu um riso de deboche por parte dela, o que lhe pareceu uma demarcação de território. Sem se amedrontar, ele foi chegando de mansinho e a encarou de frente, com toda a coragem do tubinho. Diante de tal ameaça, a ruguinha percebeu que não teria escolha além de se esconder, e aceitou - de mal grado - aquela parceria.</div><div style="text-align: justify;">O tempo passou e o corretivo foi envelhecendo. Sem aquela alegria matte de viver, ele percebeu que sua cobertura não era mais a mesma, e que após algumas horinhas de trabalho ele já não era forte o bastante pra aguentar a ruguinha. Por outro lado, ela foi recuperando a malandragem de outrora e encontrou algumas maneiras de burlar o poderoso reinado do corretivo. </div><div style="text-align: justify;">Dessa forma, a ruguinha foi crescendo e se tornando cada vez mais solene. Sem medo de aparecer, ela aprendeu que só precisava dar um tempo ao seu inimigo que logo ele ia embora, deixando apenas alguns restinhos do que um dia foi a imagem de seu império bege-claro. Inconformado com a perda, o corretivo resolveu se aposentar, firmando residência permanente na caixinha colorida de madeira a espera de seu sucessor na luta contra a ruguinha. </div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-7649265808295918152011-03-10T23:22:00.003-03:002011-04-12T20:16:23.558-03:00O batom vermelho<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyqLv1_mhWXTeksCkaT0daOelw6Pmffm7PCozCrMRGWsCYFgIAdu8WAqMZ_Pk-QB3rWeRZnqzQPG8anEcA7JnPwdrv75EOu3_kjBqTBrvv6lh2VJWLhJTSRYa2zzPn2ED0tVENA8bOFkMy/s1600/bocavermelhastock300.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyqLv1_mhWXTeksCkaT0daOelw6Pmffm7PCozCrMRGWsCYFgIAdu8WAqMZ_Pk-QB3rWeRZnqzQPG8anEcA7JnPwdrv75EOu3_kjBqTBrvv6lh2VJWLhJTSRYa2zzPn2ED0tVENA8bOFkMy/s320/bocavermelhastock300.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5582654395609479874" /></a><div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" ><u><br /></u></span></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyqLv1_mhWXTeksCkaT0daOelw6Pmffm7PCozCrMRGWsCYFgIAdu8WAqMZ_Pk-QB3rWeRZnqzQPG8anEcA7JnPwdrv75EOu3_kjBqTBrvv6lh2VJWLhJTSRYa2zzPn2ED0tVENA8bOFkMy/s1600/bocavermelhastock300.jpg"></a><div style="text-align: justify;">Lembro que quando eu era pequena, naquela ânsia de ser gente grande e poder me arrumar toda, corria pro armário da minha mãe e afanava várias coisas pra me montar toda no banheiro. Óculos escuros, brincões exagerados, pó compacto da minha avó e, principalmente, o batom vermelho. Era a peça mágica da brincadeira toda: bastava passar o batom que o poder aparecia e eu já era uma pop star.</div><div style="text-align: justify;">O engraçado é que quando comecei a me arrumar de verdade, não me interessava por batom nenhum. Odiava até passar gloss, e sempre ouvia da minha mãe pra "dar uma corzinha na boca". Aquele nude natural era uma beleza, cara de morta mesmo e eu parecia uma mini-assombração. </div><div style="text-align: justify;">Mas olha, depois que o mundo das cores apareceu pra mim, nunca mais fui a mesma. Não tenho o costume de usar diariamente, mas aquela corzinha que minha mãe tanto falava faz mesmo a diferença. Sei lá, parece que quando o batom é vermelho sua boca chega antes de você meio que pra avisar quem tá chegando, uma coisa meio diva mesmo. Como eu disse antes, é o poder otimizado. Sem contar que quando o batom é bom e você passa direito, o esquema dura bonito através da bebederia, gordice e até pegação. Se duvidar é até a prova de balas.</div><div style="text-align: justify;">Por isso eu entendo (e apóio) quem se joga no vermelho-vermelhusco-vermelhante. Juro que sou outra pessoa depois do batom vermelho - e uma pessoa ainda melhor depois da <a href="http://twitter.com/marinacdias">@marinacdias</a> me apresentar ao Rubi Woo, da MAC. É Deus em formato de tubinho portátil, juro pra vocês.</div></div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-34923455214274930792011-02-05T15:23:00.003-02:002011-04-12T20:16:23.558-03:00Quando a calça não entra mais<div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Existe um momento crítico na vida de uma menina: o momento em que as roupas preferidas não servem mais. Aquela blusa fica mais justa do que Deus, o short de malha quase estoura e a calça jeans...ah, a calça jeans.</div><div style="text-align: justify;">Acho que não tem nada mais triste no mundo do que o jeans que não fecha. É aquela hora decisiva em que você para em frente ao espelho, puxa de um lado, aperta do outro, murcha a barriga, reza um pai-nosso e tenta ir. Mas não vai. O botão some ali no meio e de repente parece que o universo conspira contra você e o seu manequim, que em um passado distante já foi 36.</div><div style="text-align: justify;">Ando passando por isso constantemente - e infelizmente. Cheguei ao ponto de jogar todas as calças na cama e experimentar uma por uma, pra ver quais ainda me deixam feliz. O difícil é perceber que a primeira que vai se virar contra você é justamente a preferida, a especial e, se Murphy for mesmo um cara legal, a mais cara. A vida é triste e o zíper curto.</div><div style="text-align: justify;">Em busca de uma salvação, já fechei a boca, cortei o refrigerante e tô me esforçando pra jogar a preguiça pro alto e ir na academia, mas não tá fácil não. Além de ser mais feliz quando sentava no sofá e comia um balde de pipoca sem peso na consciência, parece que a ideia de subir uns números no manequim é mais atormentadora do que 2012. Logo logo jogo tudo pro alto e me atiro na saruel, viu.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 238); -webkit-text-decorations-in-effect: underline; "><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0Z2epgFBRs7VxKc-KTuAtXG7yS8QKIBvqCX-_RlPVA65X1CrFLQOSWns7KNO0MHpY_VgAPZF4jmk60h14Jj3PwwdOtzqkesCA1powaw-dDtMjm47Rx37uTZ3oXXWKvxOG1JmgGoGLl9CH/s320/271-sd-garota-calca-jeans%255B1%255D.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5570260639279857618" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 210px; height: 290px; " /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: underline; "><i>Vai que dá</i></span></div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-20971574948534859242011-01-02T23:57:00.000-02:002011-01-02T23:58:09.272-02:00Come on baby light my fire<div><br /></div><div><div style="text-align: justify; ">Eu podia começar esse post com um dos mil clichês que o ano novo traz, mas o clima por aqui é diferente - e esse aqui se refere a uma pessoa, não um lugar. Alguém que pela primeira vez na vida para, pensa e percebe tantas coisas. Tantos momentos. Tantas pessoas. Tantos caminhos.</div><div style="text-align: justify; ">Escrevi o segundo parágrafo desse post umas três vezes, mas apaguei todos os rascunhos. Não quero parecer piegas, artística ou, pior ainda, <i>cool (</i>Deus que me perdoe do mal de ser considerada moderninha ou cult demais). Mas a verdade é que nada parecia comigo, as letras fugiam e as palavras deveriam ser de outros idiomas. Um conjunto de símbolos, nada digno.</div><div style="text-align: justify; ">Aí essa chuva me lembrou das noites sozinha em Londrina, deitada na cama sem sono e só com meus pensamentos e a música ruim do bar na rua. Minutos que pareciam uma eternidade, tão difíceis de se aguentar e que hoje parecem pertencer a outra vida, a outra pessoa. Aquelas horas em que nem a voz daquele que me faz tão bem resolvia alguma coisa. Ali era eu e eu, e não sou nada fácil.</div><div style="text-align: justify; ">Esses últimos dias não foram de retrospectivas ou planos, mas sim de lembranças. O apartamento que se foi, o amigo que sumiu, o irmão que mudou tanto, a casa grande. O Natal tão querido terminou com lágrimas no travesseiro, lembrando do avô que eu tanto amava e que faz uma falta gigantesca. Acho que esse aperto aqui dentro é aquele que os adultos se referiam quando eu era pequena, e eu tão boba não acreditava. Crianças...</div><div style="text-align: justify; ">A verdade é que tudo acabou como começou: eu, a chuva e as palavras. E elas, minhas armas de tantos e tantos momentos, andam me deixando na mão. Somem quando preciso, se escondem e a coragem fica pequenininha, em algum lugar x. Espero que apareçam, ainda quero escrever um livro e ter um filho - a árvore já foi.</div><div style="text-align: justify; ">Por enquanto, me resta então a chuva. E The Doors. E o sonho de <a href="http://anaclaragarmendia.blogspot.com/">Paris</a>.</div></div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-80619491317237198322010-12-27T20:15:00.000-02:002010-12-27T20:15:08.928-02:00Vai entender<div style="text-align: justify;">Hoje eu fui comprar meu presente de Natal super atrasado e percebi que sou dessas que sai comprando o presente de todo mundo e deixa o seu por último, uma coisa meio Poliana feelings. Vai entender.</div><div style="text-align: justify;">Mas o caso é que entrei na loja com a intenção de comprar uma sandália bonita pra combinar com o vestido que ganhei da vovó, e o pensamento tava todo no saltão. Experimenta daqui, experimenta de lá, não gostei de nada e saí da loja com um oxford. Sim, o oposto absoluto de um salto bafo. De novo, vai entender.</div><div style="text-align: justify;">E daí que a ceia de Natal foi super recheada, com todas aquelas opções que é impossível comer tudo em uma refeição só. Então obviamente sobrou de tudo um pouco e no outro dia eu resolvi, finalmente, dar uma chance ao tender com molho de mel, que só de olhar eu já soltei um "eca mãe". Afinal de contas, pra mim, misturar doce com salgado não é coisa de Deus, não. E não é que o negócio realmente funciona e o gosto é muito dos bons? Aleluia o agridoce deu certo. </div><div style="text-align: justify;">E como já deu pra perceber, esse é um post bem dos inúteis, só pra mostrar que ainda vivo. E pra desejar a todo mundo um 2011 massa e que acabe com todas as memórias ruins de 2010, um ano com passagens super esquecíveis. Aproveitem bem o tempo livre e que tudo de bom aconteça pra gente no ano que vem!</div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-55730334307807145132010-11-15T21:22:00.003-02:002010-11-15T21:58:32.368-02:00A profissão do futuro<div style="text-align: justify;"><i>"-É época de vestibular e todo programa tem uma matéria sobre as melhores profissões e o que buscar no futuro. O engraçado disso é que nunca citam o Jornalismo como uma 'profissão do futuro'; parece até que já acabou e o que nos espera não é nada satisfatório."</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;">Tô no final do segundo ano de Jornalismo e já tive minhas crises. Em uma delas, ainda esse ano, cheguei a avisar todos os meus amigos que ia embora e fui pra casa chorando dizendo para os meus pais que queria largar tudo e prestar vestibular - sabe lá pra quê. Precisei de uma boa conversa e de uns dias de calma pra respirar fundo e conseguir me lembrar de tudo que me fez chegar até aqui, e do quão difícil foi.</div><div style="text-align: justify;">Ser jornalista não é brincadeira, e olha que eu nem sou ainda. Em dois anos já ouvi muito desaforo, telefone batendo na minha cara e risadinhas de "ah, mas nem diploma você vai ter". As ofensas já vieram até dos meus amigos mais próximos, sempre naquele tom de brincadeira com um fundinho de verdade. Já fiz matérias sobre assuntos que eu odiava e não entendia a mínima, já levei bolo em transmissão ao vivo e já tive que virar uma reportagem de três minutos com entrevistado que só respondia "ahan". Tudo isso pelo bem maior.</div><div style="text-align: justify;">Acontece que esse bem maior é complicado, e essa rotina entre tapas e beijos com o Jornalismo cansa. Chega uma hora que você tem que parar, se olhar no espelho e decidir, de uma vez por todas, se é isso ou não. E se não for, meu amigo, corre enquanto ainda dá tempo. Só que pra quem continua, a história guarda algumas das melhores experiências da sua vida.</div><div style="text-align: justify;">Meus momentos bons aqui são bem maiores do que os ruins. Aquela coisa de chegar em casa super cansada mas sabendo que colocou um programa lindo no ar (mesmo que, <a href="http://expressolondrina.blogspot.com/">no nosso caso</a>, poucas pessoas tenham ouvido). Saber que meros trabalhos de faculdade tem uma importância maior ao ouvir de alguém na rua um "muito obrigada" ou um "nossa, a gente tava precisando mesmo que falassem sobre isso". Ou ainda aquela coisa de receber um elogio inusitado de alguém que leu um texto seu, como já aconteceu na época do <a href="http://capricho.abril.com.br/blogs/tudodeblog">Tudo de Blog</a>. Sem contar o prazer da curiosidade saciada ao saber de tudo com antecedência. Pequenas coisas que não fariam diferença na vida de muita gente, mas que pra você valeu a pena.</div><div style="text-align: justify;">Eu sei que vai ser difícil - e muito. Mas o meu negativismo já ficou pra trás, junto com as lágrimas e as tardes procurando algum curso que me faria mais feliz. Eu sei que morrer de fome eu não vou, e muito menos perder Natal pra ficar em redação. Posso até não ter uma rotina como família de comercial de margarina, mas isso quem vai decidir sou eu baseada nas escolhas que eu fizer. O caminho tá aí, tô começando agora e não tem motivo nenhum pra eu começar a choramingar por antecedência. No final das contas, ser jornalista pode até não ser uma profissão adequada para o futuro de muita gente, mas pra mim é.</div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-73316995532239599192010-11-07T14:48:00.006-02:002010-11-08T12:02:48.091-02:00And love has a funny way...<div><br /></div><div style="text-align: justify;">De todos os sentimentos possíveis no mundo, o mais chamativo é o amor. E não só pelos motivos de sempre, mas sim pela dimensão e pelas diversas formas em que podemos encontrá-lo. É incrível como ele resume praticamente tudo, desde aquele foguinho da paixão até as atitudes bobas do dia-a-dia.</div><div style="text-align: justify;">É muito difícil amar alguém. Acreditar, dividir, desejar, aceitar. É preciso se amar muito para conseguir se abrir a outra pessoa e deixá-la entrar, aos pouquinhos, na nossa própria imensidão. E esse amor próprio também não vem do nada, mas sim depois de muito tempo tentando encontrar o nosso ponto de partida. Para amar alguém é preciso estar pronto para errar e admitir, torcer e perder, cair e levantar. E, o mais importante de tudo, para amar alguém de verdade você deve estar preparado para não ser correspondido à altura.</div><div style="text-align: justify;">Mas o amor nem sempre existe nesse sentido, ao contrário. Na maioria das vezes ele vive nos pequeninos e irrelevantes lugares. Ele está nos almoços de família aos domingos, nas conversas psicológicas com os amigos e na voz aguçada cantando sua música preferida. Somos capazes de amar pessoas que não conhecemos, ideias que não existem e até mesmo coisas sem nenhum valor material. O amor cego e imbatível pelo time de futebol anda de mãos dadas com o amor pelo animal de estimação, assim como jogamos nossos melhores sentimentos no primeiro pedaço de bolo de chocolate quentinho naquele sábado nublado.</div><div style="text-align: justify;">Ao mesmo tempo em que é complicado e cheio de pesares, o amor transforma o amargo em doce e faz com que alguns minutos sejam o bastante para o orgulho dar lugar a um pedido de desculpas. É ele que dá força nos momentos de perda e que nos levanta enquanto choramos pelo inacreditável, sempre nos puxando de volta para nossas pessoas. E é aí que vive o mais importante legado do amor: a capacidade de sempre estar presente, seja no bom ou no ruim, esperando de braços abertos.</div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-1386203733429416642010-10-12T16:47:00.004-03:002010-10-12T17:14:09.435-03:00Não façam isso comigo<div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A meu ver, as celebridades deveriam ter uma noção maior sobre o efeito que têm sobre as pessoas. Sabe, existe uma coisa chamada responsabilidade jurídica e ela anda sendo esquecida. Afinal de contas, não é justo que em pleno feriado eu abra a página da UOL e dê de cara com uma notícia tão ultrajante quanto "Courteney Cox e David Arquette anunciam separação". Sem contar que no mesmo dia, com uma simples diferença de horas, meus caros, vem a bomba de que Christina Aguilera e Jordan Bratman também são um ex-casal.</div><div style="text-align: justify;">Sério, desse jeito não tem como eu ser feliz, não.</div><div><br /></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 238); -webkit-text-decorations-in-effect: underline; "><span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: underline; "><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBsKdc1T7kDa4QCCJQEsibWTtRY1BnNvWZ-_LENONW2ODfkWN2d1LT7XfYONEEAa-ne_UV4W1leyf0knxGG0AEpxD1op0MqPo8bFbjHBLVQ3yRYymuORfIDR_kB4K-p_IxZAej73c4sLum/s400/fdgdrgsdgre.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5527255337596026530" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 253px; " /></span></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: underline; "><i>Já passei por isso com Brad e Jen, meu coração não aguenta mais uma vez</i></span></div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-88641491382907539142010-10-01T18:54:00.004-03:002010-10-01T19:23:47.884-03:00Bença, vô<div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É vô, hoje faz uma semana que o senhor se foi. Tudo ficou vazio de repente, a casa ficou silenciosa e as lembranças começaram a pipocar. E eu aqui, vendo tudo de longe.</div><div style="text-align: justify;">Ainda bem que tive tempo pra chegar né, vô. Pra te ver mais uma vez, aparentando a saúde e a garra que sempre teve, mas que esses últimos meses tiraram do senhor. Aquela boca torta, os braços gordinhos e toda a estrutura de um homem que viveu 71 anos apoiado na própria força. Tava tudo lá, meio que dizendo tchau.</div><div style="text-align: justify;">É difícil, vô. Sei que já não dava mais e que viver deitado em uma cama sem nem poder comer era a última coisa que o senhor queria - imagina só, o senhor ficar sem comer! Mas mesmo tendo toda essa noção ainda não me acostumei (e acho que nunca vou) com a ideia de que não vou mais te ver sentado na varanda esperando a gente chegar. É complicado pensar que não vou mais sentir as suas mãos grossas fazendo massagem nos meus pés enquanto eu deito no sofá pra ver televisão, ou pior, não vai mais ter ninguém fazendo aquelas perguntas chatas sobre o Corinthians pro papai.</div><div style="text-align: justify;">E o almoço de domingo então? Quem é que vai fazer um prato gigante só com coisas que não pode comer e encher um copo de refrigerante sabendo que não era diet? É vô, a teimosia e os resmungos vão fazer falta, acredite se quiser. Até mesmo as engasgadas com a boca cheia de farofa ficarão como uma boa memória de todos aqueles bons domingos.</div><div style="text-align: justify;">Tento não ficar pensando nesses "nunca mais", sabe vô. Sei que o senhor ficaria mal em me ver assim. Por isso de todas as lembranças, escolhi uma que é só minha: aquele aniversário do Renan, que enquanto ele ganhava todos os presentes e eu ficava no canto só olhando, o senhor foi até a lojinha da esquina e comprou a praia da Barbie pra mim. E quando a vovó te deu uma bronca, falando que nem era meu aniversário, o senhor virou e disse que aquilo não era certo: "se um ganha, o outro ganha também, uai!". A primeira bicicleta, as bonecas que mais queria, as tardes mais gostosas naquele quintal cheio de árvores e comendo bolo quentinho. Só tive tudo isso por causa do senhor e da vovó.</div><div style="text-align: justify;">Vô, o senhor pode ter certeza que eu vou sempre lembrar de tudo. Das histórias da época de policial, dos passeios de carro, das perguntas completamente sem sentido. Aquela mania de tratar a mim e ao Renan como se ainda tivéssemos 5 anos vai ficar sempre comigo, e sua imagem vai vir a minha mente todas as vezes que alguém vier fazendo uma piadinha sem graça. Espero que o senhor descanse como merece, e pode ficar tranquilo que a vovó vai ser muito bem cuidada aqui, por todos nós.</div><div style="text-align: justify;">Bença vô. Me abençoa daí de cima.</div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-77098481109180396352010-09-19T13:49:00.003-03:002010-10-01T19:23:34.861-03:00Wake me up when september ends<div style="text-align: center;"><br /></div><div>Quando me perguntam porque eu quero tanto que o mês acabe logo, tá aí minha resposta:</div><div><br /></div><div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 238); -webkit-text-decorations-in-effect: underline; "><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQFjb3L9lmvRSiDvoZv06TbG8sovrWUbJwjGhdW6GpVFxHg0lHm3hiYTIitu2nXXD1kuEoE7V93uo4XMOmsVEOdyq6E2f3cPOQ2fiO8HF1EsYT20vMBkkA-HmbAjkfKcYfVttpvCwWqAqk/s320/jon-bon-jovi01.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5518672540555851266" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px; " /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: underline; ">...</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: underline; "><br /></span></div><div style="text-align: justify;">Mudando um pouco o assunto e recuperando o fôlego, eu e umas amigas agora damos umas dicas pra quem quer entrar na moda sem gastar todo o dinheiro que não tem. Confiram o blog e se liguem que logo logo tem promoção - <a href="http://estiloforsale.blogspot.com">Estilo for Sale</a>!</div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3111311072948197740.post-82389185835906543132010-09-01T18:43:00.003-03:002010-09-01T19:31:08.085-03:00Um time, um centenário, milhões de vidas<div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Eu vou falar do Corinthians e quem torce contra ou não gosta de futebol nem perca seu tempo comentando e falando mal. Não vai mudar nada aqui.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sou filha e neta de corintianos. Com poucos anos de vida, meu pai já colocava um gorrinho preto e branco na minha cabeça e tirava foto daquela coisinha gorda torcedora do Timão. Cresci cantando o hino, gritando nome de jogador famoso e sabendo que não adiantava falar nada com meu pai durante aquelas 2 horas de jogo no domingo - ele simplesmente não ia me escutar.</div><div style="text-align: justify;">Muitos falam que time de futebol a gente pega da família, e eu não nego isso - e só tenho a agradecer à minha pela escolha perfeita. Hoje eu sinto que nasci assim, que não tinha outro jeito. Tudo em mim deixa explícito que sou corintiana: o fervor, a paixão, a irracionalidade. A mania de roer as unhas durante um jogo complicado, fechar os olhos numa cobrança de pênalti ou o abraço apertado na almofada na hora do nervosismo. </div><div style="text-align: justify;">Já chorei sim, e foram muitas vezes. Aquele choro quietinho na van, voltando pra casa do vestibular, naquele fatídico dois de dezembro. Ou então aquele choro com soluço enquanto via o time cair na Libertadores mais uma vez. Sempre foi difícil, com todo aquele sofrimento digno do Corinthians, mas nunca deu vontade de desistir. Prefiro ficar na segundona pra sempre com o a mudar de time e disputar um Mundial.</div><div style="text-align: justify;">Ao mesmo tempo já tive muitos momentos de alegria, muito maiores que os de choro. As comemorações por títulos envolta em bandeiras de pessoas que eu nem conhecia, os gritos de gol, os abraços apertados na hora da vitória. O que acontece dentro de campo chega com a mesma intensidade pra gente aqui, do outro lado da TV, e a felicidade é a mesma - ou até maior.</div><div style="text-align: justify;">Não tem como negar a importância de um time que atrai 30 milhões de pessoas, ou falar que é só mais uma torcida de futebol. Nós estamos sempre lá, na vitória ou na derrota, na chuva ou no sol, no dia ou na noite. Não tem hora certa pra ser corintiano: nós o somos 24 horas por dia. E pra mim, essa é a maior diferença em comparação aos outros. Nós vestimos a camisa e apoiamos aquele escudo em todos os momentos, principalmente nos tristes. Não tem jogo ruim, jogador perna-de-pau ou dirigente ladrão que consiga mudar isso.</div><div style="text-align: justify;">Hoje comemoramos 100 anos e quem merece festa somos nós mesmos. Os que empurram, os que torcem, os que choram, os que amam. Porque não existe amor maior do que o incondicional, e é esse que vive dentro de cada fiel. Somos muitos, somos heterogêneos, somos pedreiros e doutores, brancos e pretos, homens e mulheres. Somos tudo que o Brasil é e estamos em todos os lugares, e por isso somos tão invejados. Podemos até não ter um ou outro título ou um estádio com nosso próprio nome (por enquanto), mas temos muito, muito mais. Uma pena que os outros nunca chegarão a sentir nem 10% disso.</div><div style="text-align: justify;">Parabéns, vida, história e amor. Você merece mil festas com mil fogos e mil pessoas. E é por isso e muito mais que eu falo com o maior orgulho do mundo que sou Timão. Que sou uma louca. Que sou fiel. Que sou mais uma na multidão. Que sou Corinthians.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 238); -webkit-text-decorations-in-effect: underline; "><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSB4YGXZVha3lcnn0NnDOAxSBlRyo4l2qqaDoAw8OhRwtLCdBaDw2W-gPNh_xVjqk6MLB4SpQNwQcBEo4Ibf4yVIfNXv9im-0hs_OK5BkTDR3osybXrP5hYBQpoPsT6BHaMAI_zjbKIwgP/s400/gavioes2807.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5512076214333124546" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 224px; " /></span></div>Mônica Alveshttp://www.blogger.com/profile/05311370056142433395noreply@blogger.com8