terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Oi Deus

Oi Deus.
Acordei pensando na conversa que tivemos ontem a noite, antes de dormir (aliás, foi a primeira noite em dias que eu dormi bem, então se você teve alguma influência nisso, valeu). Foi bom saber que mesmo com o meu desfalque constante, ainda somos um time e que você simplesmente não desiste de ver a gente ganhando. Como eu disse ontem, vou fazer o meu máximo pra ser mais presente e contribuir no nosso jogo.
Sabe Deus, é engraçado como as coisas são. Lembra que eu comentei que ainda não estou pronta pra me aguentar sozinha? O pensamento ainda continua, mas hoje eu acordei com vontade de passar o dia inteiro só comigo, sem nada nem ninguém. Uma tarde de mulherzinha, pipoca, guaraná e aqueles episódios atrasados das minhas séries. Um programa solitário justamente pra uma pessoa que anda procurando gente cada vez mais. E sei lá, acho que é um começo. Você e suas ironias, né?
E além dessa vontade súbita, me veio ainda a certeza de que a hora de estar sozinha ainda não chegou, mas talvez esteja chegando. E dessa vez não deu medo, sabe? Dessa vez a ideia veio sem o aperto no peito e as lágrimas nos olhos, mas sim como uma fase, só isso. Lembra quando eu jogava Super Mario e que algumas fases eu não conseguia jogar em duas pessoas? Então, é bem isso. É como se eu soubesse que daqui a pouco chega a fase que eu só consigo jogar sozinha, mas que nas próximas a participação do Luigi se faz necessária e deixa tudo mais fácil.
E como você bem me lembrou ontem, eu só tenho 22 anos, né Deus. E nesse último ano de faculdade, é hora de me preocupar comigo, minhas necessidades e meus planos. Se tiver companhia, bacana, beleza, muito bom. Mas se não tiver, acontece. Como você disse, só morre de solidão quem não tem pra onde recorrer - e esse não é meu caso, definitivamente.
Enfim, só queria deixar registrado que foi bom conversar com você e eu espero que façamos isso mais vezes. Eu sei que poderia ter te dito tudo isso em particular, mas a nossa conversa também resgatou a minha vontade de escrever (valeu por isso também!) e cá estamos. Foi reconfortante saber que esse nosso jeitinho de conversar ainda existe, e que você não ficou chateado pelo meu sumiço. Bom, agora acho que tenho que dizer amém, né? Então amém, Deus. Prometo que dou notícias em breve.