domingo, 19 de setembro de 2010

Wake me up when september ends


Quando me perguntam porque eu quero tanto que o mês acabe logo, tá aí minha resposta:

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Mudando um pouco o assunto e recuperando o fôlego, eu e umas amigas agora damos umas dicas pra quem quer entrar na moda sem gastar todo o dinheiro que não tem. Confiram o blog e se liguem que logo logo tem promoção - Estilo for Sale!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Um time, um centenário, milhões de vidas


Eu vou falar do Corinthians e quem torce contra ou não gosta de futebol nem perca seu tempo comentando e falando mal. Não vai mudar nada aqui.

Sou filha e neta de corintianos. Com poucos anos de vida, meu pai já colocava um gorrinho preto e branco na minha cabeça e tirava foto daquela coisinha gorda torcedora do Timão. Cresci cantando o hino, gritando nome de jogador famoso e sabendo que não adiantava falar nada com meu pai durante aquelas 2 horas de jogo no domingo - ele simplesmente não ia me escutar.
Muitos falam que time de futebol a gente pega da família, e eu não nego isso - e só tenho a agradecer à minha pela escolha perfeita. Hoje eu sinto que nasci assim, que não tinha outro jeito. Tudo em mim deixa explícito que sou corintiana: o fervor, a paixão, a irracionalidade. A mania de roer as unhas durante um jogo complicado, fechar os olhos numa cobrança de pênalti ou o abraço apertado na almofada na hora do nervosismo.
Já chorei sim, e foram muitas vezes. Aquele choro quietinho na van, voltando pra casa do vestibular, naquele fatídico dois de dezembro. Ou então aquele choro com soluço enquanto via o time cair na Libertadores mais uma vez. Sempre foi difícil, com todo aquele sofrimento digno do Corinthians, mas nunca deu vontade de desistir. Prefiro ficar na segundona pra sempre com o a mudar de time e disputar um Mundial.
Ao mesmo tempo já tive muitos momentos de alegria, muito maiores que os de choro. As comemorações por títulos envolta em bandeiras de pessoas que eu nem conhecia, os gritos de gol, os abraços apertados na hora da vitória. O que acontece dentro de campo chega com a mesma intensidade pra gente aqui, do outro lado da TV, e a felicidade é a mesma - ou até maior.
Não tem como negar a importância de um time que atrai 30 milhões de pessoas, ou falar que é só mais uma torcida de futebol. Nós estamos sempre lá, na vitória ou na derrota, na chuva ou no sol, no dia ou na noite. Não tem hora certa pra ser corintiano: nós o somos 24 horas por dia. E pra mim, essa é a maior diferença em comparação aos outros. Nós vestimos a camisa e apoiamos aquele escudo em todos os momentos, principalmente nos tristes. Não tem jogo ruim, jogador perna-de-pau ou dirigente ladrão que consiga mudar isso.
Hoje comemoramos 100 anos e quem merece festa somos nós mesmos. Os que empurram, os que torcem, os que choram, os que amam. Porque não existe amor maior do que o incondicional, e é esse que vive dentro de cada fiel. Somos muitos, somos heterogêneos, somos pedreiros e doutores, brancos e pretos, homens e mulheres. Somos tudo que o Brasil é e estamos em todos os lugares, e por isso somos tão invejados. Podemos até não ter um ou outro título ou um estádio com nosso próprio nome (por enquanto), mas temos muito, muito mais. Uma pena que os outros nunca chegarão a sentir nem 10% disso.
Parabéns, vida, história e amor. Você merece mil festas com mil fogos e mil pessoas. E é por isso e muito mais que eu falo com o maior orgulho do mundo que sou Timão. Que sou uma louca. Que sou fiel. Que sou mais uma na multidão. Que sou Corinthians.