domingo, 8 de dezembro de 2013

Sei lá.

(Olha, faz mil anos que eu não escrevo. 
Eu não sei se eu ainda sei fazer isso.
E esse não vai ser um texto bonito e poético que todo mundo vai se identificar, tá?

Isso é sobre mim.)

Como eu disse, faz mil anos que eu não escrevo nada. Logo eu, que andava com caderninho na bolsa pra anotar qualquer coisa e sempre corri pra cá com as palavras. A verdade é que foi um ano esquisito, complicado, de muito medo e totalmente freak, cheio de coisa estranha. E aí eu perdi a vontade, sabe? Tava sem saco, fui chata e deixei tudo guardadinho, resolvendo na minha cabeça. Acho que funcionou, sei lá.
Enfim, hoje deu vontade de escrever - e eu já disse, não vai ficar lá essas coisas. Mas deu vontade de tentar falar que eu não sei terminar as coisas. Que eu também tenho medo. Que eu não sou lá tão cheia de certeza quanto eu penso que sou. Que eu meio que não sei o que fazer. Que eu queria que as coisas fossem mais normais.
Sabe, eu não penso demais. Eu tento resolver rapidinho e não me impeço de fazer as coisas - eu penso, faço e aí vejo no que dá. E eu não sou de analisar mil horas, de esperar e sei lá, fazer planinhos. Na verdade, pra ser beeem da sincera, tenho um pouco de preguiça de planejar tudo e vou vendo o que acontece. Sei lá, se deu certo, beleza. Se não deu, paciência.
Só que agora parece que tem coisa apertando demais e que tá na hora de resolver. E eu tô tentando falar e fazer aos poucos, mas eu sou muito estabanada. Eu queria mesmo é acordar e já estar tudo resolvidinho, com tudo no lugar certo e a gente só aproveita e segue em frente. Essa coisa de ter paciência e saber a hora certa de agir não é muito comigo não, e parece que quanto mais o tempo passa mais tempo eu tô perdendo, sabe? 
Eu disse que isso aqui não teria lá muito sentido, mas a questão é que é bom tirar do peito um pouco pra tentar amenizar e fazer o tempo passar. E se tem uma coisa que eu aprendi esse ano é que o tempo passa mesmo e leva tudo embora. Deixa tudo bem, deixa a gente tranquilo, faz a gente dormir. Então eu espero que mais uma vez ele ajude a tomar conta das coisas e mostre o que dá certo ou não. O que compensa. O que vale a pena. O que realmente é de verdade. E sei lá, vamos começar de novo e ver mais uma vez onde é que isso tudo vai dar.

(E sim, eu falo muito 'sei lá').


Um comentário:

  1. Sim, faz mil anos que tu não escreve. E eu senti falta.
    Mas olha: o bom de qualquer ritual de passagem (nesse caso, agora, o fim de ano) é que temos o direito de recomeçar, de não repetir erros, de sermos melhores nas próximas etapas da vida.
    E, para recomeçar, nunca é tarde.
    Abraços e bem-vinda de volta.

    ResponderExcluir