domingo, 7 de novembro de 2010

And love has a funny way...


De todos os sentimentos possíveis no mundo, o mais chamativo é o amor. E não só pelos motivos de sempre, mas sim pela dimensão e pelas diversas formas em que podemos encontrá-lo. É incrível como ele resume praticamente tudo, desde aquele foguinho da paixão até as atitudes bobas do dia-a-dia.
É muito difícil amar alguém. Acreditar, dividir, desejar, aceitar. É preciso se amar muito para conseguir se abrir a outra pessoa e deixá-la entrar, aos pouquinhos, na nossa própria imensidão. E esse amor próprio também não vem do nada, mas sim depois de muito tempo tentando encontrar o nosso ponto de partida. Para amar alguém é preciso estar pronto para errar e admitir, torcer e perder, cair e levantar. E, o mais importante de tudo, para amar alguém de verdade você deve estar preparado para não ser correspondido à altura.
Mas o amor nem sempre existe nesse sentido, ao contrário. Na maioria das vezes ele vive nos pequeninos e irrelevantes lugares. Ele está nos almoços de família aos domingos, nas conversas psicológicas com os amigos e na voz aguçada cantando sua música preferida. Somos capazes de amar pessoas que não conhecemos, ideias que não existem e até mesmo coisas sem nenhum valor material. O amor cego e imbatível pelo time de futebol anda de mãos dadas com o amor pelo animal de estimação, assim como jogamos nossos melhores sentimentos no primeiro pedaço de bolo de chocolate quentinho naquele sábado nublado.
Ao mesmo tempo em que é complicado e cheio de pesares, o amor transforma o amargo em doce e faz com que alguns minutos sejam o bastante para o orgulho dar lugar a um pedido de desculpas. É ele que dá força nos momentos de perda e que nos levanta enquanto choramos pelo inacreditável, sempre nos puxando de volta para nossas pessoas. E é aí que vive o mais importante legado do amor: a capacidade de sempre estar presente, seja no bom ou no ruim, esperando de braços abertos.

6 comentários:

  1. Lindo o texto Mônica! Cheio de amor entre as linhas, por falar no assunto!
    Beijos

    ResponderExcluir
  2. Amor é doação, né? Se não for assim não é amor.

    Beijo, beijo.

    ℓυηα

    ResponderExcluir
  3. Ah, Mônica, que coisa mais linda... o amor também está em textos bonitos como esse. Animou meu dia!

    ResponderExcluir
  4. Olá Mônica! Primeira visita minha aqui no seu blog, adorei o texto e não pude deixar de comentar! Acho que amor é isso mesmo: as pequenas coisas da vida, aquelas lembranças que você acha que já não tem mas que são despertar por alguma sensação, assim, sem mais nem menos. ;D
    Beijo!

    ResponderExcluir
  5. Amor vale à pena de todas as formas - e só isso basta, só com isso me conformo.

    ResponderExcluir